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Na última quinta-feira (17), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou sobre a situação do deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) durante uma entrevista à rádio Metrópole, de Salvador. Otoni, que pertence à bancada evangélica e foi um dos principais aliados de Jair Bolsonaro (PL) no Congresso, está enfrentando intensas críticas de seus antigos aliados bolsonaristas após apoiar a reeleição de Eduardo Paes (PSD) no Rio de Janeiro.
Durante o evento no Palácio do Planalto, Lula elogiou Otoni, destacando suas contribuições às comunidades evangélicas, como a criação do Dia do Evangélico, a lei do silêncio e o Dia do Pastor. “Tudo, tudo fui eu que chorei e ele soube disso”, afirmou o presidente. Lula expressou curiosidade sobre o motivo que levou Otoni a votar em Bolsonaro, apesar de considerar os benefícios de suas políticas.
“Fiquei com vontade de perguntar: 'Se você sabe disso, por que votou no Bolsonaro?' Bom, mas ele falou e eu falei 'não vou polemizar'”, disse Lula, ressaltando que o apoio ao seu governo trouxe repercussões negativas para Otoni, que agora enfrenta um verdadeiro “fogo amigo”.
Na cerimônia de sanção de várias leis, incluindo a que cria o Dia da Música Gospel, realizada na terça-feira (15), Otoni de Paula elogiou as políticas sociais do governo Lula, afirmando que estas melhoraram as condições de vida da população mais humilde . “É graças à visão social de seus governos que essa gente humilde de Deus tem condições de comer e onde morar”, declarou o deputado.
Otoni também reiterou que nunca votou em Lula, mas enfatizou que a igreja "não é de direita ou de esquerda", defendendo que os evangélicos estão entre os brasileiros mais beneficiados pelas políticas sociais de gestão petista.
Com a tensão crescente entre Otoni e seus ex-aliados, Lula observa a situação com atenção, sabendo que o apoio ao seu governo gerou reações erradas entre os membros da bancada bolsonarista, que agora “estão triturando” o deputado.
Fonte: Brasil247
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