Paris 2024: atletismo brasileiro passará por antidoping mais rigoroso

Decisão foi anunciada pela federação internacional da modalidade

Paris 2024: atletismo brasileiro passará por antidoping mais rigoroso

Os atletas de Brasil, Equador, Peru e Portugal serão submetidos a testes antidoping mais rigorosos fora de competição para disputar os Jogos Olímpicos de Paris, pois seus programas nacionais de testes não são suficientes, informou a Unidade de Integridade do Atletismo (AIU, na sigla em inglês) nesta segunda-feira (11).

A decisão foi tomada após o Conselho da World Athletics, a federação internacional da modalidade, aprovar as recomendações da AIU para impor “requisitos de testes mais rigorosos a essas federações” antes do início da Olimpíada, em 26 de julho.

“As quatro federações receberam avisos claros da AIU sobre a insuficiência de seus programas nacionais de testes após o Campeonato Mundial de Atletismo de 2022 em Eugene”, disse a AIU em um comunicado.

“Todas as quatro não conseguiram garantir que houvesse testes fora de competição proporcionais para suas equipes no Campeonato Mundial de Atletismo seguinte, em Budapeste 2023. Posteriormente, o Conselho aceitou o pedido da AIU para que fossem impostas a todas as quatro federações condições de elegibilidade de teste a seus atletas para participarem de Paris 2024”, acrescentou.

As condições rigorosas incluem que os atletas tenham se submetido a pelo menos três testes fora de competição sem aviso prévio antes de 4 de julho, sendo que cada um desses testes deve ser realizado com pelo menos três semanas de intervalo.

“Estamos satisfeitos com a decisão do Conselho de apoiar as recomendações da AIU”, disse o presidente da AIU, David Howman.

“Essa ação é dura, mas necessária, pois não recebemos uma resposta adequada dessas federações aos avisos claros que fizemos antes do Campeonato Mundial de Atletismo do ano passado”.

“Neste ano olímpico, acreditamos que isso será um lembrete para todas as federações membros de que a AIU e a World Athletics levam extremamente a sério a garantia de condições equitativas para os atletas”, completou.

Por Jornal da República em 13/03/2024
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