Passe livre aos domingos em São Paulo: um teste para tarifa zero universal?

A prefeitura de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (11) o passe livre no transporte coletivo de ônibus na cidade aos domingos, da 0h às 23h59. A medida tem validade para toda a população e entrará em vigor no próximo dia 17. A gratuidade também ocorrerá no dia de Natal (25), no 1º de janeiro, e no aniversário da cidade, em 25 de janeiro.

A decisão da prefeitura é um avanço importante para a população, pois facilita o acesso ao transporte público aos domingos, dia em que o sistema opera com menos passageiros. A medida também pode ajudar a reduzir a perda de passageiros no transporte coletivo público, que vem registrando forte queda nos últimos anos.

No entanto, é importante ressaltar que o passe livre aos domingos não é uma solução definitiva para os problemas do transporte público em São Paulo. É necessário que a prefeitura também tome medidas para melhorar a qualidade do serviço, como aumentar a frequência dos ônibus, reduzir o tempo de espera e melhorar o conforto e a segurança dos passageiros.

Ao mesmo tempo, é preciso garantir que a gratuidade não seja um peso para as finanças da prefeitura. O município deixará de arrecadar cerca de R$ 280 milhões por ano com a medida. Para evitar que isso comprometa o orçamento, é preciso rever os repasses às concessionárias de ônibus, que já recebem subsídios da prefeitura.

A adoção do passe livre aos domingos é um passo importante, mas é preciso que a prefeitura acompanhe os resultados da medida e tome outras medidas para melhorar o transporte público em São Paulo.

Pontos positivos da medida:

• Facilita o acesso ao transporte público aos domingos;
• Pode ajudar a reduzir a perda de passageiros no transporte coletivo público;

Pontos negativos da medida:

• Não é uma solução definitiva para os problemas do transporte público;
• Pode ser um peso para as finanças da prefeitura;

Recomendações:

• Melhorar a qualidade do serviço, como aumentar a frequência dos ônibus, reduzir o tempo de espera e melhorar o conforto e a segurança dos passageiros;
• Rever os repasses às concessionárias de ônibus.

 

 por: Léo Paes Mamoni