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O primeiro carnaval de Gabriel David à frente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) começou com polêmicas e confusão na Marquês de Sapucaí. A decisão de cortar credenciais de acesso gerou revolta e impediu até mesmo a entrada de figuras históricas do carnaval, incluindo Paulo de Almeida, ex-presidente da Liesa entre 1993 e 1995.
Indignado com a situação, Almeida criticou a postura da nova gestão. “Se você hoje está presidente da Liesa, foi porque algumas pessoas construíram esta entidade para comandar o maior espetáculo do mundo. E essas pessoas merecem respeito”, declarou.
Outro veterano afetado foi Fernando Horta, ex-presidente da Unidos da Tijuca. Mesmo com a credencial preta – que garante acesso irrestrito –, ele ficou retido na entrada dos camarotes porque seu QR Code não foi reconhecido. O impasse só foi resolvido após longa comunicação via rádio entre as equipes responsáveis.
Restrição à imprensa e venda de fotos geram críticas
Além dos dirigentes, a imprensa também enfrentou dificuldades. Grandes veículos jornalísticos tiveram suas credenciais reduzidas de última hora, comprometendo a cobertura do evento. Ao mesmo tempo, a própria Liesa lançou um serviço pago de fotografia para foliões, o que levantou questionamentos sobre a real intenção da medida. “Garanta seus melhores cliques com o Fotopass Rio Carnaval 2025”, divulgou a entidade nas redes sociais.
Falhas na entrega de credenciais deixam trabalhadores de fora
Os problemas com credenciais também afetaram centenas de trabalhadores que atuam nos bastidores do carnaval. Muitos não conseguiram retirar seus documentos a tempo e foram barrados no primeiro dia de desfiles da Série Ouro. A equipe de limpeza dos camarotes, por exemplo, ficou desfalcada.
Para amenizar a situação, alguns funcionários receberam um QR Code provisório impresso em papel, válido apenas para a sexta-feira (28). Mas, para os dias seguintes, a incerteza permanecia.
A estreia de Gabriel David na presidência da Liesa mostrou que a restrição de acessos trouxe mais problemas do que soluções. Com críticas de veteranos, jornalistas e trabalhadores, a nova gestão precisará lidar com os desdobramentos das mudanças implementadas neste carnaval.
Fonte: Tempo Real RJ
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