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Leonel Brizola nunca sentiu tanta vergonha do partido que ele criou como agora. Um partido que nem podemos mais chamar de fisiológico, o adjetivo mais próximo da realidade atual é água de salsicha.
Um partido liderado por pessoas como Lupi, Rodrigo Neves e Ciro Gomes que fortalecem as raízes do Brasil colonial, o RACISMO, MACHISMO, MISOGENIA, IGREJISMO, LGBTQIA+FOBIA, que teve a ousadia na figura do seu pré-candidato a presidência chamar de “política de papo furado projetos para negros, mulheres e índios”. Desta maneira, Ciro Gomes flerta com o bolsonarismo e sua pseudo democracia.
O PDT de Brizola foi vanguarda e elegeu o primeiro senador negro e o primeiro deputado federal indígena. Assim, o partido tem uma história linda, representando a cara do povo brasileiro que é majoritariamente formado por negros e mulheres. Mas, infelizmente, essa história agora é usurpada por uma pequena classe racista como a que comanda o partido atualmente.
Ivanir dos Santos recebeu a promessa das lideranças de que era parte fundamental do projeto nacional do partido: O SONHO FAVELADO! Todavia, no dia da escolha do candidato do partido ao senado pelo estado do Rio de Janeiro, o escolhido foi o Cabo Daciolo, figura que nada congrega às pautas raciais e favelistas.
A convenção do partido estava lotada de pretos e favelados esperançosos, que se sentiram traídos pela exclusão de Ivanir. Mais uma vez se apresentava diante dos nossos olhos as diretrizes coloniais, o RACISMO, o IGREJISMO, a MISOGENIA, o MACHISMO E a LGBTQIA+FOBIA, ao excluir um dos nossos melhores representantes: Ivanir dos Santos.
Havia um orgulho em ter um homem negro e favelado, que subverteu toda lógica de um Estado desejante de matar pretos e pobres, que se tornou pós-doutor e líder na luta contra a intolerância religiosa, aquele que representava o movimento negro e favelado. Essa representação ocorreu exatamente no estado que não tinha nenhum outro candidato negro disputando as prévias para as majoritárias, o único que realmente seria capaz de entender os anseios de um povo que sempre é excluído. Mas prevaleceram os princípios das colonialidades.
Dentro do próprio partido, Ivanir era o preferido. Foi o escolhido pelo movimento negro do PDT, pelo PDT Axé que, assim como nós, repudiou publicamente essa deliberação covarde contra os ideais de Brizola. A imagem de Ivanir era tão bem-vinda que no pré-lançamento da campanha, que ocorreu na ABI, recebeu o apoio de vários segmentos da sociedade civil e de políticos de outras legendas e de pessoas históricas do PDT como Miro Teixeira e Brizola Neto. Mas prevaleceu o RACISMO, o IGREJISMO, a MISOGINIA, o MACHISMO E a LGBTQUIA+FOBIA.
Ao negar a candidatura de Ivanir, o PDT assume um antibrizolismo, pois nega o desejo do povo. Brizola era um homem que andava com preto, pobre, favelado, índio e todos os grupos oprimidos por esse estado assassino. É em memória e em homenagem a Brizola que a Frente\ Favela Brasil repudia o RACISMO, o IGREJISMO, a MISOGINIA, o MACHISMO e a LGBTQUIA+FOBIA das lideranças atuais do PDT.
Salve a Favela e os seus povos!!! Seguimos na luta antirracista!
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