Pesquisa Eleitoral Registrada no TRE: Percentuais e Transparência em Questão

Erros de Cálculo e Omissão de Dados Geram Dúvidas sobre a Confiabilidade dos Resultados

Pesquisa Eleitoral Registrada no TRE: Percentuais e Transparência em Questão

A pesquisa eleitoral registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) tem gerado grandes dúvidas e controvérsias devido a diversos fatores problemáticos. Embora a pesquisa esteja devidamente registrada, ela não apresenta os percentuais finais dos resultados no site do TRE, o que compromete a transparência e a confiança na divulgação dos dados.

A pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (19), entrevistou 708 eleitores de 16 anos ou mais entre os dias 14 e 16 de junho. A margem de erro da pesquisa é de 4 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

Os dados mostram os candidatos Clébio Jacaré (União Brasil) e Tuninho da Padaria (PT) empatados com 18% das intenções de voto cada. Dudu Reina (PL) aparece em seguida com 13%.

Os indecisos somam 8% e os eleitores que pretendem votar em branco, nulo ou não votar somam 43%.
Esse cenário, no entanto, levanta questões importantes.

Primeiramente, com 90% dos eleitores ainda indecisos, como é possível que três candidatos apareçam tecnicamente empatados?

Se 90% dos eleitores não tomaram uma decisão, a divisão dos votos restantes entre os candidatos não corresponderia aos percentuais apresentados. Supondo que os 10% restantes sejam distribuídos igualmente entre três candidatos, cada um receberia aproximadamente 3,33% dos votos – um valor insuficiente para justificar um empate técnico significativo.

Além disso, a pesquisa não menciona pré-candidatos importantes como Dr. Aluísio Gama, Iza Dutra, Dr. Leo Mazzuti e o médico e empresário Dr. Henrique Paes, que continua suas articulações políticas na região. Apesar de alguns rumores de que Paes não seria candidato, ele afirma estar na disputa.

Para relembrar, uma pesquisa eleitoral anterior, também registrada, indicava Felipinho Ravis em primeiro lugar, Juninho do Pneu em segundo, Dr. Henrique Paes em terceiro, Clébio Jacaré em quarto e Dudu Reina em quinto.

Com a retirada de cena de Ravis e Juninho do Pneu, os novos resultados indicavam Dr. Henrique Paes em primeiro, Clébio Jacaré em segundo e Dudu Reina em terceiro.

O empresário Clébio Lopes Jacaré nestes dois cenários das pesquisas, mesmo sem ter o apoio de medalhões poíticos continua se mantendo firme na sua meta.

Em um eventual segundo turno, a pesquisa atual mostra Tuninho da Padaria com 33% das intenções de voto contra 25% de Clébio Jacaré. Branco, nulo ou que não pretende votar somam 35% e 7% estão indecisos.

Em outro cenário, Dudu Reina aparece com 34% contra 25% de Clébio Jacaré, com os mesmos 35% dizendo que votariam branco, nulo ou não desejam votar, e 6% indecisos.

A pesquisa também questionou os eleitores sobre o apoio de Lula e Bolsonaro. 35% votariam em um candidato apoiado por Bolsonaro mesmo sem o conhecer, enquanto 62% não votariam.

Para Lula, 26% votariam em um candidato apoiado pelo presidente mesmo sem o conhecer, enquanto 72% não votariam.

A avaliação da atual gestão do prefeito Rogério Lisboa (PP) apontou que 34% dos eleitores avaliam o governo como positivo, 40% como regular e 21% como negativo. 5% não souberam ou não responderam.

Os políticos de Nova Iguaçu contestam essa pesquisa, chamando-a de manipuladora. Segundo eles, “faltou clareza nesta pesquisa e ao invés de informar, desinforma a população, consequentemente os eleitores.

Eles usaram todos os meios de comunicação para divulgar o que todo mundo já sabia: 90% não decidiram.

Estes números apresentados são de apenas 10%. Estamos no páreo com certeza; são percentuais que apontam chances para todos os pré-candidatos. O atual prefeito e o Dr. Luizinho querem ganhar na mídia, mas a população não é boba.”

Esta situação ilustra a necessidade de maior rigor e clareza na divulgação de pesquisas eleitorais, garantindo que os dados apresentados ao público sejam precisos e completos.

A falta de transparência e os erros nos percentuais não apenas confundem os eleitores, mas também podem influenciar indevidamente o processo eleitoral.

É essencial que as pesquisas sejam divulgadas de forma clara e precisa para manter a integridade das eleições.

Por: Arinos Monge.

 

Por Jornal da República em 23/06/2024
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