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Por Josias de Souza do UOL
Na transição do primeiro para o segundo turno da eleição presidencial, o petismo estendeu um tapete vermelho para Simone Tebet. O apoio da terceira colocada era visto como essencial para deter Bolsonaro e a ameaça que sua reeleição representava para a democracia.
Dizia-se nos bastidores que a candidata do MDB teria carta branca para escolher o ministério que desejasse numa futura gestão Lula. Na transição de governo, o tapete foi puxado. Agora, o PT reivindica para um de seus filiados a pasta da predileção de Simone, o futuro Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pelo Bolsa Família.
Numa evidência da importância que atribui à pasta que cuidará do principal programa social do governo, o PT desejava acomodar na poltrona a presidente da legenda, Gleisi Hoffmann. Mas Lula informou que prefere que Gleisi permaneça no comando da legenda.
Em reunião com Lula, parlamentares do PT pediram que ministérios de perfil social sejam tratados como uma cota partidária. Incluíram na lista também as pastas da Saúde e da Educação. Nos subterrâneos, os petistas alegam que o Ministério do Desenvolvimento Social seria trampolim para uma nova candidatura presidencial de Simone Tebet. Tenta-se empurrá-la para a pasta do Meio Ambiente.
Ao mediar o conflito, Lula sinalizará até onde vai a generosidade insinuada na sua promessa de compor um governo que vá "além do PT". Simone participa do escritório de transição no grupo de trabalho que destrincha os desafios do Ministério da Cidadania, a pasta que passará a ser chamada de Desenvolvimento Social. Abaixo, trecho de entrevista concedida nesta quinta-feira pela senadora.
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