PF investiga desvio de mais de R$ 200 milhões da Saúde Pública de SP

As cidades de Embu das Artes, Itapecerica da Serra e Hortolândia foram alvos de investigação da PF

PF investiga desvio de mais de R$ 200 milhões da Saúde Pública de SP

Pelo menos dois médicos, um guarda civil e um veterinário foram presos na manhã dessa terça-feira (20) em uma operação da Polícia Federal, que investiga desvios de dinheiro destinado ao tratamento da covid-19 em pelo menos três cidades de São Paulo. O esquema teria causado um prejuízo de mais de R$ 200 milhões aos cofres públicos. 

Foram vários os elementos que levaram a Controladoria Geral da União e a Polícia Federal a chegarem na suspeita de fraudes em contratos firmados entre a prefeitura de Embu das Artes e Itapecerica da Serra (cidades de São Paulo) e também em Hortolândia, que fica no interior Paulista. O que chamou atenção dos investigadores é que os contratos foram firmados pela mesma Organização Social, que segundo apontou investigação, era muito nova e havia sido cadastrada no Conselho de Medicina a pouco tempo. A investigação apontou ainda que a OS não obtinha estrutura financeira ou operacional para manter os contratos e serviços que foram firmados com essa prefeitura. 

Em Embu das Artes, por exemplo, foram três contados, um deles no valor de R$ 72 milhões, a Organização fechou ainda um quarto contrato no valor de R$ 11 milhões para atendimento exclusivo a pacientes de covid-19. A Polícia Federal informou que ficou claro em investigação que a empresa não tinha estrutura para oferecer esse tipo de serviço sendo identificado indícios de fraude.  

Leia também: Pandemia: CPI envolvendo governadores e prefeitos vai abrir a “caixa-preta da corrupção da saúde

Pandemia: quem investigará quem em uma CPI acima de qualquer suspeita?

A OS ainda contratava empresas de fachada que recebiam os repasses de recursos federais e depois faziam uma distribuição, boa parte em dinheiro vivo. A PF conseguiu identificar cerca de 400 saques feitos pela organização, apenas uma pessoa chegou a sacar o equivalente a R$ 17 milhões.  

Entre os presos nessa operação estão os gestores dessa Organização, dois médicos, um Guarda Civil Metropolitano e sua esposa, que também participavam do esquema além de um médico veterinário, que segundo registro, era o responsável pela organização criminosa. 

O chefe da Polícia Federal, Marcelo Ivo de Carvalho relatou em coletiva de imprensa que o dinheiro desviado tinha como objetivo o pagamento de agentes públicos: “possivelmente têm participação fundamental na execução dessa fraude” comentou o delegado. 

As prefeituras apontadas como alvo da investigação se manifestaram dizendo que estão cooperando com a investigação. 

Foto: Sergio Moraes/Reuters/Direitos Reservados.

Por Jornal da República em 20/04/2021
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