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De acordo com a Polícia Federal (PF), será requerido o bloqueio de R$ 17 milhões recebidos por Bolsonaro através do PIX, sob a suspeita de que esse valor tenha origem em lavagem de dinheiro proveniente da venda de joias e presentes que o ex-presidente teria comercializado no exterior.
De fato, o montante em questão foi repassado por simpatizantes com o propósito de quitar as penalidades que Bolsonaro recebeu por não adotar o uso de máscaras durante a crise sanitária. A iniciativa alcançou grande repercussão entre os seguidores, personalidades influentes e representantes políticos alinhados à direita.
De acordo com informações da revista IstoÉ, fontes da Polícia Federal afirmam que o pedido de bloqueio das contas será entregue ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, e é esperado que ele decrete o congelamento das mesmas. O gabinete do ministro já estaria aguardando a chegada do documento.
A investigação da Polícia Federal está concentrada na origem fragmentada do dinheiro depositado em pequenas quantias para evitar a detecção do Coaf. Os delegados responsáveis pela investigação destacam que o bloqueio das contas permitirá rastrear a origem do dinheiro.
ISTOÉ afirma que especialistas da PF consideram os R$ 17 milhões como provável resultado de lavagem de dinheiro, crime que carrega penas a partir de 12 anos de prisão.
A investigação se voltará para a identificação, através dos CPFs, dos contribuintes da vaquinha. “Vamos cruzar os dados e identificar os doadores. O sistema PIX identifica o CPF dos contribuintes, permitindo que investiguemos a origem do dinheiro doado”, relata uma fonte envolvida.
Um investigador da PF ressalta a curiosidade do influxo de recursos para Bolsonaro após sua saída da presidência e vinculações com vendas de joias no exterior. “Por que seus apoiadores doariam tão generosamente agora, considerando que isso não ocorreu durante sua campanha?”, questiona a fonte da IstoÉ.
Mas esse investigador está ignorando o fato de que Jair Bolsonaro (PL) obteve 21 vezes mais doações individuais durante sua campanha, no segundo turno eleitoral, do que Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo publicação da Veja.
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