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Texto: Dr.Luiz Alberto Barbosa, Juiz de Direito e Escritor
Com tanto dinheiro circulando, infelizmente no bolso de poucos e nem sempre de origem lícita, queria acordar um dia e ver que essa desigualdade e crueldade chegou ao fim. Tem gente sofrendo de mais, enquanto outros sorriem as custas de muita gente boa. Por que gente do bem sofre tanto? Por que gente desonesta, se dá bem? Por quê? Por quê? Vejo crianças comendo nos lixões, famílias minúsculas por desnutridas, desde cedo, desenvolvendo trabalho pesado quando deveriam estar brincando com sua boneca e seu carrinho. Não importa em que lugar for, é sempre perto. Essa gente desvalida não pensa em crise: do nascimento a morte, sua vida é uma crise, uma escuridão de fundo de poço. Para eles, o que conta é a bolsa vazia e a falta de sentido para tudo. Todo dia é igual, o simples passar das horas. Para eles conta a dor da barriga vazia sem comida, e da alma sem esperança. Enquanto isso, no país das maravilhas, se encontra dinheiro na mala, no quarto, na sunga, e os filhos estudam fora do país. E ainda tem gente que fala que quer o bem do povo, só se for do povo que o rodeia nas negociatas "dificilmente" descobertas.
Respondo como Pilatos fora do seu tempo:
Mas quem disse que a justiça existe?
Tento, imediatamente, expulsar esse diabinho da descrença que pousou em meu ombro, que não alimento nem admiro, mas a cada notícia de absolvição, de anulação, me cutuca com seu tridente. Por quê? Por quê?
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