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A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram, na manhã desta quinta-feira (6/2), a Operação Panaceia, com o objetivo de investigar irregularidades na gestão de dois hospitais estaduais de Goiás administrados por uma Organização Social (OS). A ação resultou no cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão e no sequestro de mais de R$ 28 milhões dos suspeitos.
Os mandados foram executados em Goiânia, onde ocorreram 10 buscas, e em Brasília, com uma diligência. Os investigados podem responder pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas, caso sejam condenados, podem ultrapassar 40 anos de reclusão.
Esquema de fraudes e impacto na saúde
As investigações tiveram início em 2019, quando a CGU identificou inconsistências nos contratos entre a Organização Social e a Secretaria de Saúde de Goiás. A principal irregularidade apontada foi a terceirização generalizada dos serviços sem especificações detalhadas, dificultando a fiscalização e facilitando pagamentos indevidos sem a devida comprovação.
A entidade investigada recebeu mais de R$ 900 milhões em recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). O desvio desses valores impactou diretamente a qualidade do atendimento nos hospitais estaduais, comprometendo o acesso da população a serviços essenciais de urgência e emergência.
De acordo com as apurações, a Organização Social subcontratava empresas ligadas a políticos e gestores da própria entidade. Parte dos valores repassados retornava aos administradores e agentes públicos envolvidos no esquema, configurando uma prática ilegal que prejudicava a transparência e a eficiência na aplicação dos recursos públicos.
A Operação Panaceia segue em andamento, e os órgãos responsáveis continuarão as investigações para identificar outros possíveis envolvidos e recuperar os valores desviados.
Fonte: Correio Braziliense
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