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A Prefeitura reforçou nesta sexta-feira (30/07) os detalhes da primeira etapa do plano de reabertura gradual das atividades na cidade, a partir de 2 de setembro. As medidas de restrição para prevenção à Covid-19 começarão a ser flexibilizadas condicionadas a um cenário epidemiológico favorável, com continuidade da regressão do mapa de risco da cidade para alertas moderado e baixo; à regularidade de entrega de vacinas pelo Ministério da Saúde; e à alta cobertura vacinal. A previsão é que, na data planejada, 77% da população carioca estejam vacinados com a primeira dose e 45% com o esquema vacinal completo – índices semelhantes aos que marcaram a reabertura de outros países.
– Neste momento não há nenhuma redução nas medidas restritivas. O que há é uma projeção para que isso ocorra futuramente. Sem a confirmação desse cenário epidemiológico favorável que estamos prevendo, podemos voltar atrás e não haverá flexibilização. Por isso, é fundamental a colaboração da população. A maioria dos países adotou condutas mais ousadas, flexibilizando as regras com coberturas vacinais menores. Nós somos mais conservadores – disse o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
O fim das restrições acontecerá em três fases, até 15 de novembro, para garantir previsibilidade e segurança no retorno das atividades. No pontapé inicial, em 2 de setembro, haverá a liberação de eventos em ambientes abertos, tais como zoológico, Jardim Botânico, apresentações musicais, rodas de samba e outros; permissão de público com esquema vacinal completo nos estádios (com 50% da capacidade); liberação de público em boates, casas de show e festas em locais fechados com esquema vacinal completo e com 50% da capacidade. O uso de máscaras continuará sendo obrigatório.
O secretário de Saúde reafirma a importância de olhar para frente e projetar o futuro.
– A cidade vive um momento triste. Muitas pessoas morreram e ainda tem muita gente se recuperando. É importante o planejamento de retomada, mas precisamos do comprometimento das pessoas nessa fase. Não é um retorno à vida como ela era, mas precisamos construir um novo futuro.
Além disso, se confirmadas as condições epidemiológicas e com rigoroso protocolo sanitário, o Maracanã poderá voltar a receber público. O estádio poderá sediar o jogo da Libertadores entre Flamengo e Olímpia (Paraguai) com 10% da capacidade de cada setor, em 18 de agosto. Será feito controle de acesso ao estádio, sendo autorizados somente torcedores com o esquema vacinal contra Covid-19 completado nos 15 dias anteriores à data do jogo, mediante comprovação pelo aplicativo Conecte SUS, ou resultado negativo de teste de antígeno para Covid-19 realizado em até 48 horas anteriores à partida, exclusivamente por laboratório autorizado pelo clube organizador da partida. O uso de máscaras e a higienização das mãos com álcool 70% serão obrigatórios, assim como o espaçamento mínimo de dois metros entre cada indivíduo ou família, se acomodando sentados.
Cenário epidemiológico
A 30ª edição do Boletim Epidemiológico da Covid-19, divulgada nesta sexta-feira, mostra que, na última semana, 74 novos casos de diferentes variantes do vírus foram identificados na cidade, todos moradores locais. Desde a identificação do primeiro caso de novas variantes, o município contabiliza 982, sendo 819 residentes. São 774 casos da Gamma (P.1), 33 da Delta (B.1 617.2) e 12 da Alfa (B.1.1.7). Dos moradores infectados por essas cepas, 50 faleceram, 21 permanecem internados e 748 já são considerados curados.
O boletim aponta ainda para a melhora do mapa de risco da cidade para Covid-19. Entre as 33 regiões administrativas (RAs) do município, 12 apresentam risco moderado (classificação amarela) para transmissão do coronavírus: Portuária, São Cristóvão, Penha, Irajá, Jacarepaguá, Bangu, Santa Cruz, Ilha do Governador, Santa Teresa, Barra da Tijuca, Vigário Geral e Cidade de Deus. Na semana anterior, eram nove nesta faixa de risco. As demais RAs seguem na classificação laranja (risco alto).
O 30º boletim mostra que, desde março de 2020, o município do Rio soma 396.102 casos de Covid-19, com 30.256 óbitos. Em 2021 são 182.505 casos e 11.234 mortes. A taxa de letalidade deste ano está em 6,2%, contra 8,9% em 2020; e a de mortalidade, em 168,6 a cada 100 mil habitantes, contra 285,6/100 mil no ano passado. A incidência da doença é de 2.739,8/100 mil, quando em 2020 era de 3.206,5/100 mil.
As medidas de proteção à vida estabelecidas no decreto nº 49.180, de 22 de julho de 2021, seguem até 9 de agosto, mantendo o nível de alerta para cada região.
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