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A Prefeitura do Rio prorrogou as medidas sanitárias de proteção à vida até o dia 23 de agosto, de acordo com o decreto nº 49.240, publicado na edição desta sexta-feira (06/08) do Diário Oficial do Município. Como o 31º boletim epidemiológico mostrou que os casos confirmados de Covid-19 apresentaram tendência de aumento, o prefeito Eduardo Paes optou por manter as restrições em vigor, apesar de os índices de hospitalizações e óbitos pela doença manterem queda sustentada. Outra informação importante foi que a vacinação contra a Covid-19 no sábado (07/08) terá início às 10h, por causa do atraso na entrega dos imunizantes, e funcionará até as 17h.
Paes fez novo apelo para que as pessoas cumpram as regras sanitárias e avisou que a cidade só vai avançar no plano de retomada das atividades, previsto para começar em setembro, se o cenário epidemiológico estiver sob controle. Ele destacou que a pandemia não acabou e as pessoas precisam ter essa consciência.
– Pequeno aumento importante (de casos confirmados de Covid-19) é um grande aumento. A gente vinha tendo redução. Isso é basicamente fruto da variante Delta. Quando a gente anuncia uma programação de reabertura, e eu assumo responsabilidade por isso, a gente não quer dizer que tudo está sob controle. Toda nova medida tem relação com o cenário epidemiológico. Se a gente tem o número de casos aumentando, a tendência é fechar, não abrir – destacou o prefeito, em coletiva realizada no Centro de Operações Rio (COR), na manhã desta sexta-feira.
O prefeito do Rio salientou que seu desejo é o de preparar a cidade para o futuro, mas que existe um percurso por cumprir. Paes ainda revelou o seu desejo de antecipar a terceira dose nos idosos e a segunda dose para quem tomou o imunizante fabricado pela Pfizer.
Bares, lanchonetes, restaurantes, quiosques da orla e congêneres continuam com permissão para o consumo apenas para clientes sentados, com distanciamento mínimo de um metro e meio entre cada conjunto composto por mesa e cadeiras limitado a oito ocupantes, sendo admitida música ao vivo sem restrição de horário. Já as academias de ginástica, piscinas, centros de treinamento e condicionamento físico podem ter aulas em grupos, com a ocupação dos ambientes limitada a um indivíduo a cada quatro metros quadrados.
Casas de espetáculo, concertos e apresentações podem funcionar, desde que mantenham distanciamento mínimo de 1,5 metro entre os participantes, com capacidade de lotação máxima de 40% em locais fechados e 60% em locais abertos, somente com público sentado. As mesmas regras valem para atividades comerciais e de prestação de serviços localizadas no interior de shopping centers, centros comerciais e galerias de lojas, bem como as atividades de museu, biblioteca, cinema, teatro, casa de festa, salão de jogos, circo, recreação infantil, parque de diversões, temáticos e aquáticos, pista de patinação, entretenimento, visitações turísticas, aquários, jardim zoológico, apresentações, drive-in, feiras e congressos, exposições e eventos autorizados. Em todas essas ocasiões, a formação de filas de espera e de aglomerações na entrada e saída é proibida.
Rodas de samba estão liberadas, mas continuam suspensos o funcionamento de boates, danceterias e salões de dança; a realização de eventos, como festas com vendas de ingresso, em áreas públicas e particulares. Vale ressaltar que não pode ocorrer pista de dança nos estabelecimentos e/ou eventos autorizados a funcionar. A fiscalização das indicações do decreto será feita pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEOP), a Guarda Municipal do Rio de Janeiro e o Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e de Inspeção Agropecuária (IVISA-Rio) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Recorde de vacinados e mudança de horário
O Município do Rio está prestes a bater o recorde semanal de doses da vacina contra a Covid-19 aplicadas. Até sábado, quando os postos de vacinação terão horário estendido até 17h e começarão a atender excepcionalmente às 10 horas, por conta da logística da chegada das vacinas, mais de 450 mil pessoas terão sido imunizadas num intervalo de apenas sete dias. Em mais uma semana e meia, todos os cariocas adultos estarão contemplados na campanha com pelo menos a primeira dose (D1).
Até esta quinta-feira (5), o Município do Rio atingiu a marca de 80% da população adulta vacinadas com a primeira dose das vacinas contra a Covid-19 – ou dose única (DU), no caso do imunizante da Janssen. O índice foi alcançado no primeiro dia em que a campanha convoca jovens adultos na faixa etária entre 29 e 20 anos, a segunda mais populosa. A meta da Prefeitura é vacinar com a primeira dose 90% dos cariocas a partir de 18 anos até 21 de agosto, um total de 4,7 milhões de pessoas. Além disso, a expectativa é completar a imunização de toda a população a partir de 12 anos até 10 de setembro.
Até a última quinta-feira (5), 4.075.684 pessoas haviam tomado a primeira dose de CoronaVac, AstraZeneca ou Pfizer no Rio, e outras 139.606 receberam a dose única da Janssen. Entre as pessoas que seguem o esquema vacinal de duas doses, 1.748.658 já receberam a segunda dose (D2). O percentual de cariocas elegíveis à vacinação (a partir de 18 anos) com o esquema vacinal completo está em 35,8%.
Nesta sexta-feira, vacinam-se adultos de 28 anos; e no sábado, 27 anos, sendo mulheres de manhã e homens no turno da tarde em ambos os dias. Na próxima semana, estão previstas para serem vacinadas pessoas entre 26 e 21 anos. É importante que a população compareça aos postos na data correta de sua idade. Até o dia 18 de agosto, quando o calendário completa o atendimento a toda a população adulta (a partir de 18 anos). Repescagens por idade acontecerão apenas entre os dias 19 e 21.
A SMS disponibiliza 280 pontos de vacinação em toda a cidade, funcionando de segunda-feira a sábado, para facilitar o acesso da população à vacina. A lista desses pontos, seus horários de funcionamento, o calendário de vacinação e outras informações estão disponíveis em coronavirus.rio/vacina e nas redes sociais da SMS e da Prefeitura do Rio. A manutenção do calendário de vacinação previsto para o Município do Rio está condicionada ao envio das remessas de vacinas programadas pelo Ministério da Saúde.
Cenário epidemiológico
A 31ª edição do Boletim Epidemiológico da Covid-19, divulgada nesta sexta-feira, mostra que os casos da doença têm aumentado no Município do Rio nas últimas quatro semanas. Esse efeito pode ser causado pelo circulação da variante Delta na cidade, que, como estudos apontam, tem maior transmissibilidade. Do total de amostras analisadas para identificação de cepas no município, 45% são da Delta e a SMS estima que este seja o percentual de casos de Covid-19 desta variante na cidade, se tornando a cepa que demanda maior nível de atenção no momento.
Se por um lado os casos confirmados de Covid-19 apresentam tendência de aumento, por outro, os índices de hospitalizações e óbitos por Covid-19 mantêm queda sustentada, o que pode ser relacionado como reflexo da imunização, que tem como principal objetivo prevenir casos graves e mortes.
Na última semana, 151 novos casos de diferentes variantes do vírus foram identificados na cidade, sendo 111 moradores locais. Desde a identificação do primeiro caso de novas variantes, o município contabiliza 1.133, sendo 930 residentes. São 850 casos da Gamma (P.1), 67 da Delta (B.1 617.2) e 13 da Alfa (B.1.1.7). Dos moradores infectados por essas cepas, 52 faleceram, 16 permanecem internados e 862 já são considerados curados.
Por causa da disseminação da variante Delta e o aumento do número de casos notificados, o boletim aponta ainda o mapa de risco da cidade para covid-19 retornando ao estágio de atenção. Todas as 33 regiões administrativas (RAs) do município estão classificadas como risco alto (laranja) para transmissão do coronavírus, após cinco semanas com algumas RAs despontando como risco moderado (classificação amarela).
O 31º boletim mostra que, desde março de 2020, o Município do Rio soma 405.971 casos de Covid-19, com 30.630 óbitos. Em 2021 são 191.791 casos e 11.593 mortes. A taxa de letalidade deste ano está em 6%, contra 8,9% em 2020; e a de mortalidade, em 174 a cada 100 mil habitantes, contra 285,8/100 mil no ano passado. A incidência da doença é de 2.879,2/100 mil, quando em 2020 era de 3.215,3/100 mil.
Vacina Maré
O Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, recebeu entre os dias 29 de julho e 4 de agosto, ação do estudo Vacina Maré, com objetivo de mapear o impacto da imunização na população da comunidade. A pesquisa é uma parceria entre a Prefeitura do Rio, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a ONG Redes da Maré. No total, 36.926 moradores da comunidade receberam doses da vacina contra covid-19, superando a meta prevista de 30 mil pessoas da população alvo (18 a 33 anos). A cobertura vacinal nesse público é de 92% em relação à D1, e 22,2% com o esquema vacinal completo.
Tendo em vista as peculiaridades presentes em territórios de favelas e periferias, o estudo propõe um olhar que vai além do levantamento da efetividade direta das vacinas na proteção contra o vírus e suas variantes. Aspectos da doença em si, como a dinâmica de transmissão do vírus no território, a vigilância de suas variantes e o acompanhamento de possíveis efeitos adversos das vacinas serão outros pontos abordados pela pesquisa.
Empresa parceira da vacinação
A SMS lançou a campanha “Empresa parceira da vacinação”, iniciativa que busca mobilizar empresas para incentivarem seus colaboradores a se vacinarem no dia correspondente a sua idade no calendário, evitando repescagens. A ação pretende reforçar que a vacina é prioridade e conta com a colaboração de empregadores como parceiros na campanha de vacinação contra a Covid-19.
Os materiais da campanha estão disponíveis no site coronavirus.rio e consistem em: folder digital com instruções sobre como uma empresa pode ajudar na vacinação, com sugestão de reservar um período do expediente para os colaboradores se vacinarem, além de cartazes explicativos, cards para e-mail e WhatsApp e o selo “Empresa Parceira da Vacinação”, que pode ser utilizado por todas as instituições que participarem da iniciativa.
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