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Da Redação por Fernando Annibolete
O governador de São Paulo João Doria escolheu o Rio de Janeiro, quintal do presidente da República de extrema-direita, Jair Bolsonaro (Sem partido), para botar pra ferver a política no estado ao som da bateria da Imperatriz Leopoldinense e apimentou ainda mais prévias do PSDB.
Além de anunciar seu novo secretário de Projetos e Ações Estratégicas, o deputado Rodrigo Maia (Sem partido), o tucano se apresentou como um verdadeiro mestre-sala na coletiva realizada neste sábado (21) no auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Bate-Papo com o Doria, evento realizado pelos tucanos do Rio de Janeiro.
Com mesa composta pelo presidente do partido no Estado, Otávio Leite, o deputado estadual Max Lemos (Secretário de Infraestrutura e Obras do Governo do RJ), a Dra. Patrícia Coelho (vice-prefeita de Cachoeiras de Macacu), o deputado estadual Noel de Carvalho e Wilson Pedroso (coordenador de campanha das prévias), o governador de São Paulo mostrou o gogó afinado e afiado e deu o tom que o partido deve adotar durante a campanha.
Questionado sobre a aglomeração no evento da ABI, se aquele era o melhor momento para o ato político, já que a variante Delta está em estágio avançado no Rio de Janeiro, o governador de São Paulo ‘atravessou o samba’ e respondeu à pergunta seguinte, sobre a liberação das máscaras no Rio de Janeiro, anunciada pelo prefeito Eduardo Paes para o dia 15 de novembro.
“Em São Paulo, por lei as máscaras são obrigatórias até 31 de dezembro e gostaria de aproveitar para para dar a notícia que o presidente Bolsonaro tomou a terceira multa de R$190 mil e se não pagar vai para a dívida ativa e se ele não respeita a dívida ativa vai saber através do SERASA o que é ter ficha preta e não terá mais crédito o que aliás, ele já é um ‘ficha preta’ em muita coisa”.
O governador de São Paulo foi solidário em relação ao crescimento da variante Delta no Rio, reconheceu o cansaço da população com a longa pandemia, mas ressaltou o cuidado tanto do município quanto do Estado e enfatizou que só existem dois caminhos efetivos para o combate à covid-19. “Primeiro, mais vacinas e a Coronavac imuniza contra a variante Delta. E a outra possibilidade são os dispositivos de proteção como a máscara, álcool, distanciamento”, disse.
Doria também foi enfático ao afirmar sua confiança no governador do Estado e no prefeito do Rio, disse que falou ao telefone com o governador Claudio Castro e pessoalmente com prefeito Eduardo Paes e informou que se precisarem de mais vacinas Coronavac, São Paulo, vai disponibilizar para o Rio de Janeiro e outros estados.
O governador ainda comentou a disputa judicial que travou com o Ministério da Saúde, que o levou ao Supremo para que obtivesse o número correto das vacinas da Pfizer dentro do princípio da proporcionalidade pela população e lamentou a postura negacionista do executivo federal. “Como é triste um país que tem que lutar na Justiça para ter direito à vacina e à vida e isso é fruto de um governo além de autoritário, é um governo negacionista. Gastou milhões comprando cloroquina e deixou de investir em comprar vacinas e continua negacionista ao admitir pelo próprio ministro da Saúde que o uso de máscaras é dispensável”, criticou e foi ainda mais fundo em sua indignação com a postura de quem deveria coordenar o país.
“Triste o Brasil que tem um presidente da República que chama quem usa máscara de maricas e tira máscara de crianças e um ministro da Saúde que recomenda o não uso de máscara. Não fosse governos, prefeitos e autoridades sanitárias em defesa da vida eu não sei onde estaria o país”.
Na sequência, Dória foi questionado sobre a vitória da aquisição importante do deputado Rodrigo Maia, porém, caiu muito mal no grupo político dele no RJ, que inclusive o PSD, deve filiar e lançar ao planalto o presidente do senado Rodrigo Pacheco, ou até mesmo a outra opção de apoio declarada por Eduardo Paes ao Eduardo Leite, concluiu perguntando como seria atrair esse grupo com a "saía justa", sobre a nomeação de Rodrigo Maia secretário e concluiu perguntando ao Dória, que mesmo sendo um precursor da vacina, como trataria sua rejeição sua em passar pelas prévias.
Dória, respondeu que Rodrigo Maia, responde por ele e tem sua própria biografia, e afirmou estarem felizes com integração no governo, de um nome de peso e expressão como o de Rodrigo Maia e arrematou dizendo que recebeu depoimento lindo de Eduardo Paes, que inclusive colocou nas redes, e foi muito bem recebido pelo secretário Pedro Paulo (braço direito do prefeito), assim como, por todo secretariado, na sequência, em resposta sobre a rejeição, disse tomou atitude que os outros governadores tomaram sobre a quarentena e que São Paulo, foi o primeiro estado a tomar essa atitude, assim como, a obrigatoriedade do uso de máscara, fechamento do comércio e limitação de área de trabalho, concluiu dizendo que nunca pautou a vida na política pela popularidade e sim pela credibilidade, e não saiu do setor privado para o público, para ser populista ou entreguista.
Perguntado sobre a possibilidade de um novo golpe, como ocorreu em 1964, e sobre o projeto de privatização da SABESP.
Dória, disse ser defensor da democracia e da constituição, e comentou ser filho de um deputado federal cassado no golpe de 64, que viveu no exílio por 10 anos, e que hoje foi eleito pelo voto popular, direto e soberano, governador do estado de São Paulo, e fará tudo constitucionalmente e institucinalmente pra evitar que o país receba novas ameaças num retrocesso autoritário e sabe que não estará sozinho, e complementou que teremos eleições em 2022, pelas urnas eletrônicas, como nos últimos 25 anos, elegeu governadores, perfeitos, deputados, senadores e presidente da república.
Sobre a SABESP, já é uma empresa de capital aberto, controlada pelo governo que tem 51%, do seu capital é empresa que tem performance muito boa na bolsa e ao longo dos próximos anos ela vai ser privatizada evidentemente, porém, não será feito de forma precipitada.
Finalmente, em resposta a TRIBUNA DA IMPRENSA, quando perguntado sobre a polarização entre Bolsonaro e Lula, e considerando as forças políticas disputando a terceira via, e de forma pragmática, abordar como chegaria na polarização, e levando em consideração aos Estados e a crise econômica que existe no país, o evento que correu ontem no estado de São Paulo, e hoje no Rio de Janeiro, e o que o RJ, sofre com o fechamento da indústria naval, petrolífera e etc, gostaria de uma abordagem política, para que alguém que esteja em uma terceira via polarize com Bolsonaro ou Lula, e qual a solução pragmática de desenvolvimento econômico para sociedade.
Em resposta Dória, ser uma tese de talvez um dia todo para responder e exigiria mais tempo, no realinhamento da pergunta, foi sugerido ser sucinto e focar no RJ e SP, considerando como lideranças do Rio, o prefeito Eduardo Paes e o Governador Claudio Castro, e fica a pergunta para fazer a análise.
Finalmente, João Doria, em resposta, disse que a polarização hoje é uma circunstância atual, talvez não seja uma circunstância futura, por ainda ter 15 meses até as eleições presidenciais em outubro e isso na política é uma eternidade, disse que mesmo com menos de 06 anos na vida política, pois, até então atuava no privado e enfrentou duas eleições majoritárias nos dois maiores colégios eleitorais capital e estado de SP, teve a felicidade de vencer as duas eleições pelo PSDB, e que a posição de seu partido expressada pelo presidente Bruno Araújo e o presidente de honra Fernando Henrique Cardoso, é que o PSDB, está candidato a presidente, por isso as prévias, onde temos outros três ótimos candidatos, Tasso Jereissati, Arthur Virgílio e Eduardo Leite, salientando ser a vitória de um partido com quadros de pessoas que lutam pela democracia, sobre a polarização, salientou sobre a pesquisa desta semana do Data Folha, sobre 52%, dos entrevistados não querem nem Lula, e nem Bolsonaro, e aguardavam um candidato da terceira via, e nesses 15 meses para apresentar a população esse candidato, com proposta de pacificar o Brasil, pois, não podemos viver eternamente no conflito entre extrema esquerda e extrema direita, e disse que escolhemos o remédio errado para enfrentar o extremismo da esquerda e o remédio errado deu no que deu, em um governo ineficiente, incapaz e negacionista, que não soube liderar o Brasil, diante da maior crise sanitária, que já resultou em mais de 575 mil mortos, e reafirmou que "nem Lula, nem Bolsonaro - nem horror, nem terror", e o Brasil precisa de um bom gestor pra cuidar da saúde, educação, do desenvolvimento econômico, da geração de empregos, em um governo, preferencialmente liberal, para atrair capital externo, permitir que desenvolvimento de infraestrutura possa gerar milhares de novos empregos, em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, transporte náutico e marítimo e colocar o setor privado onde ele é mais eficiente, onde gera mais empregos paga melhor remuneração, e deixando o governo fazer o seu papel primordial de atender a saúde, educação, a segurança pública a habitação social e a proteção social das pessoas que precisam de atendimento em um país que ainda é pobre, e lamentavelmente com a pandemia aumentaram as diferenças sociais e inclui também a proteção ao meio ambiente.
Como exemplo concreto, mostrou o crescimento do estado de São Paulo, que cresceu mais que o Brasil, fruto de boas escolhas, como Henrique Meireles para secretário de fazenda, lembrou também 36%, do que produz o Brasil é da economia de São Paulo.
Finalizou reafirmando sobre o desejo de crescimento do Brasil, e certamente maiores detalhes sobre o desenvolvimento e obras em cada estado, fica na responsabilidade de cada governador, e da eficiente gestão da pasta de infraestrutura e obras, que no Rio de Janeiro, é ocupada por seu partido, através do deputado Max Lemos, que vem anunciando várias obras para o estado do RJ.
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