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A guerra comercial entre Estados Unidos e China tem gerado consequências preocupantes para o campo norte-americano. Cerca de 500 mil produtores de soja vivem um cenário de incertezas, com perdas que se acumulam desde que Pequim passou a dar preferência à soja brasileira — mais barata e livre das tarifas impostas por Washington.
Com dificuldades para escoar a produção e acessar mercados estratégicos, associações agrícolas vêm pressionando o governo norte-americano a suspender as tarifas sobre produtos chineses. O setor teme uma onda de falências, especialmente entre os pequenos e médios produtores, que já enfrentam margens apertadas e aumento nos custos operacionais.
"Estamos perdendo um dos nossos maiores compradores e não conseguimos competir em igualdade com o Brasil neste momento", afirmou um representante da Associação Americana de Produtores de Soja. Segundo ele, além da suspensão das tarifas, o setor pede subsídios emergenciais e novos acordos bilaterais que ajudem a reverter as perdas.
Enquanto isso, o Brasil se consolida como principal fornecedor de soja para a China, ampliando sua fatia no mercado global e reforçando sua posição estratégica no agronegócio.
A crise no campo norte-americano expõe os efeitos colaterais de disputas comerciais prolongadas e lança dúvidas sobre a sustentabilidade da atual política tarifária. Com a nova safra se aproximando, produtores e representantes do setor aguardam um posicionamento do governo norte-americano, temendo que a demora possa aprofundar ainda mais os prejuízos.
Fonte: Uol
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