Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
Uma vasta produção escrita que conta com sete livros publicados e a constante preocupação em despertar nos alunos o prazer da leitura e a reflexão sobre o que leem e sobre a sociedade capacitando-os como leitores ativos e responsáveis. Estes são os pensamentos que circundam o imaginário de José Adriano Alves, professor de literatura brasileira da rede Faetec há mais de 20 anos. Ele acaba de lançar "Alevantados", uma coletânea de 119 poemas apresentados durante a Feira Literária de Paraty (FLIP), e que ganha uma noite de autógrafos no próximo dia 16 de dezembro, no bistrô Azanas, antigo museu Oi Futuro, no bairro do Flamengo.
Em 167 páginas, José Adriano traz à tona uma reflexão existencial sobre as vicissitudes do mundo contemporâneo, sobre solidão, amor, desejos, a luta com a palavra e outros temas sociais. Segundo o autor, os temas de cada poema são parte das observações cotidianas.
"É um trabalho constante com a palavra. A inspiração representa dez por cento do trabalho, o restante vem da observação da vida e do trabalho diário com as palavras", diz o pernambucano, doutor em Literatura Brasileira pela UFRJ.
Um dos poemas que compõem o livro é Casa, reproduzido aqui para conhecimento do leitor. Para o autor, "é uma metáfora do ser/estar na vida e na poesia; é o fazer poético como resistência e resposta ou aceitação ao peso, às dores e alegrias do viver."
Casa
Minha casa flutua
sobre concreto e ferro,
e meu coração retorcido
pulsa
em cordas e sangue ainda.
Nesse canto de onde falo
(flauta de meus ossos feita),
o desejo de infinito
pode ser o verso raro
ou a palavra
em que me digo,
sem saber ao certo
se na vida há um destino.
Fonte: Joice Hurtado
Por Jéssica Porto e Robson Talber
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!