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Um homem à frente do seu tempo, que trouxe a discussão do Direito para o debate público e deixou entre seus importantes legados os direitos fundamentais e a liberdade de imprensa, além de ter se tornado inspirador em tudo. Estas foram características que descreveram o jornalista, advogado, diplomata, político e estudioso Rui Barbosa durante o evento “Rui Barbosa, 100 anos depois: legado e justiça”, realizado na manhã desta quinta-feira (25/5). A iniciativa marcou a primeira edição do projeto Diálogos, uma proposta de dialogar com a sociedade civil e acadêmica sobre temas relevantes ligados ao Direito.
A vida de Rui Barbosa e seus reflexos no meio jurídico foram citados pelo presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, que destacou ainda que vivemos um momento muito importante. “Falar em Rui é algo muito bom, temos até hoje na nossa memória seu legado. Devemos a ele a ideia de um Judiciário independente, livre de pressões, assim como o habeas corpus. Isso se reflete até hoje, foi um caminho irreversível. É um legado muito forte para todos da área jurídica”, disse, acrescentando que Rui Barbosa tem a qualidade de inspirar jovens e juristas e que ele nos trouxe a perspectiva de um país que pode dar certo. “Rui nos convida a ter grandeza, a pensar o Brasil que pode se livrar da desigualdade, da injustiça, com uma cultura cívica e democrática”, ressaltou.
Arquiteto da república e pedagogo da democracia. Assim o presidente da Casa de Rui Barbosa, Alexandre Santini, definiu Rui Barbosa, a quem chamou ainda de “jurista humanista que pensou o Direito”. “Um homem que pensou o Brasil na sua abrangência, na sua totalidade”, afirmou, informando ainda que a instituição foi o primeiro museu casa do Brasil.
Já o editor-chefe do Portal Migalhas, Miguel Matos, citou que Rui Barbosa trabalhava cerca de 12h por dia e estudava o tempo todo. Compartilhou ainda que ele começou como jornalista e, depois, tornou-se político e advogado. “Ele anteviu a força do jornalismo para o Direito, usava o jornalismo como meio jurídico”, disse. Matos destacou ainda que eventos como este fazem com que as pessoas pensem, pesquisem e falem sobre Rui Barbosa. “Suas petições eram densas, mas sucintas, feitas de forma inteligente. Devemos aprender com ele a ir direto ao ponto”, afirmou, destacando ainda que Rui Barbosa tinha uma ética muito marcante em todas as suas condutas.
O evento contou com a presença ainda do desembargador Humberto Dalla Bernardina De Pinho; do juiz em exercício na Vara de Execuções Penais (Vep) Marcel Laguna Duque Estrada e do presidente do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), desembargador César Cury. O evento foi transmitido pelo canal do Migalhas no YouTube e pelo instagram do TJRJ.
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