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O presidente da Frente Parlamentar Mista de Tecnologia e Atividades Nucleares (FPN), deputado Júlio Lopes (PP), vai apresentar o plano do novo programa nuclear brasileiro durante o World Nuclear Exhibition, maior evento de energia nuclear do mundo, que vai acontecer entre os dias 28 e 30 de novembro na França, e contará com 650 expositores, 76 países representados e mais de 20 mil participantes.
A proposta já foi discutida durante evento realizado no Ministério de Minas e Energia com a presença de representantes do setor nuclear brasileiro. A ideia, segundo o parlamentar, é a de contextualizar o programa e as novas tecnologias na área nuclear com a apresentação de novas ações no setor, que irá viabilizar sua utilização em todas as áreas, como na produção de alimentos e na medicina, trazendo enorme benefício para a população; e por ser uma energia boa, barata e de qualidade permanente, pode no futuro desempenhar um papel fundamental na luta contra a descarbonização do planeta, além de ser de grande importância na transição de uma energia limpa para o mundo.
- O mundo a partir das novas tecnologias, aplicações e metodologias de construções das áreas nucleares, ressurgiu com os programas nucleares em todos os países da Europa, Ásia e nos Estados Unidos. Por isso era fundamental que aqui no Brasil nós fizéssemos o mesmo. Para se ter uma ideia das oportunidades extraordinárias oferecidas para esse setor, para abastecermos as usinas de Angra I e Angra II compramos nos últimos dez anos, mais de um milhão de quilos de urânio enriquecido e nós, por mais louco que pareça, dominamos toda a tecnologia de enriquecimento de urânio em todas as suas etapas, e estamos entre os 10 países do mundo capazes de fazer isso. Além disso, temos a quinta maior reserva mundial desse mineral, o que nos permite já com as reservas reconhecidas e testadas, ter um programa de securitização com base na exportação da ordem de aproximadamente de $7 bilhões de dólares em 10 anos, o que nos garante o financiamento do programa nuclear brasileiro inteiro somente com base na securitização de exportações; esse é um dos aspectos e uma das propostas do nosso programa que visa revolucionar a área nuclear brasileira, e trazer a oportunidade para que o país continue a se desenvolver tecnologicamente em termos de energia - explicou.
Júlio lembra ainda que o plano possui 20 pontos que considera de enorme importância para o programa nuclear brasileiro; dentre eles destaca-se, a criação de um programa de fomento a formação de profissionais; criação de uma política nacional de comunicação da área nuclear; a unificação da base de dados; uma política nacional de contrução de SMRs; o fortalecimento da NUCLEP, INB e AMAZUL; descarbonização e transição de energia, além da realização de um novo mapeamento das jazidas de urânio no Brasil, entre outras.
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