Prostitutas de Brasília relatam abusos em boate durante visita de frente de prefeitos

Prostitutas de Brasília relatam abusos em boate durante visita de frente de prefeitos

Prostitutas da boate Paradise World Class Clube, uma das mais exclusivas de Brasília, estão relatando abusos os mais variados. As garotas de programa são cobradas em R$ 100 se entrarem depois das 22h. É cobrada multa R$ 285 pela falta.

Além das condições precárias de trabalho, os empregadores taxam ainda R$ 700 pelo alojamento semanal das profissionais em cima da boate. A alimentação não está incluída para as profissionais.

A pressão pelo trabalho leva-as a dormir na área de fumantes. Algumas atendem o dia todo, até as 4h da madrugada, e trabalham à noite sob efeito de drogas, de acordo com diferentes relatos obtidos pelo Diário do Centro do Mundo.

A Paradise está recebendo políticos da Frente Nacional de Prefeitos, que realizam reuniões com o governo Lula.

Mensagem de WhatsApp da casa dá o tom: “Boa tarde, meninas! Semana da Marcha (sic) dos Prefeitos. Não percam, contamos com todas vocês. Nosso Instagram está bombando, com muitas reservas de camarote”.

Há relatos de alcaides que gastaram até R$ 50 mil numa noite.

O site Metrópoles noticiou em 19 de março que a Paradise encheu de prefeitos no dia 14. Mais de cinquanta homens lotaram o lugar, caro e de perfil discreto, na Asa Norte pelo preço de entrada de R$ 220.

Os programas naquela festa, segundo o site, chegaram a R$ 1 mil, com pagamento de R$ 250 do uso do quarto e três bebidas. Um drink com gim chega a R$ 95.

Um dia antes, a boate recebeu apenas quatro clientes, reportou o Metrópoles.

Por Jornal da República em 28/03/2023
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