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O Xadrez Eleitoral do PT no Rio: Entre Novatos Promissores e Veteranos Estratégicos
Com a mira em manter as três cadeiras que ocupa, e/ou ampliar para 4 cadeiras, o PT aposta em uma mistura de experiência e renovação para a Câmara do Rio
À medida que as eleições municipais se aproximam, o Partido dos Trabalhadores (PT) no Rio de Janeiro organiza suas peças no tabuleiro político com uma estratégia que equilibra a experiência de veteranos com a energia de novos nomes.
A expectativa do partido é manter a atual bancada e garantir de três a quatro cadeiras na Câmara Municipal do Rio, repetindo o sucesso de 2020, apesar das mudanças significativas na composição de sua nominata.
A saída dos puxadores de voto da eleição passada Lindbergh Farias e Reimont, ambos agora atuando em Brasília, fez o partido buscar espaço para novas lideranças emergirem. A vereadora Tainá de Paula, ex-secretária municipal do Meio Ambiente e afilhada política de Benedita da Silva, é vista como uma forte candidata após quase liderar a votação em 2020.
Sua campanha promete ser um dos pilares da estratégia petista, junto com Luciana Novaes e Maíra Marinho, esta última contando com o apoio do Movimento dos Sem Terra (MST), um aliado histórico do partido.
Edson Santos e Gilberto Palmares buscam retornar à câmara, focando em bases eleitorais específicas, como a região da Tijuca e os sindicatos, enquanto Felipe Pires filho do ex-vice-prefeito, e o ex-vereador Niquinho miram o apoio na Zona Oeste.
Entre os novatos, Tiago Santana, presidente municipal do PT, e Rodrigo Mondego, ex-comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, destacam-se como apostas de luxo, prometendo renovar o quadro partidário com novas ideias e energias.
Camila Moradia, do Complexo do Alemão, e a professora Fátima Lima, representando a ala mais ideológica e da velha guarda, trazem para a campanha temas cruciais como moradia e educação, refletindo a diversidade de causas defendidas pelo partido.
A entrada de Monica Francisco e Marcos Paulo, ambos vindos do PSOL, adiciona ainda mais dinâmica à disputa, com foco em questões de gênero, raça e proteção animal.
Este mosaico de candidaturas reflete a estratégia do PT de combinar a experiência política com novas perspectivas, em uma tentativa de dialogar com uma base eleitoral ampla e diversificada.
Federação PT-PV-PCdoB: Uma Coligação de Força e Renovação para o Rio
Com retorno de veteranos e entrada de novos nomes, a aliança promete disputa acirrada na Câmara Municipal.
A política carioca se aquece com a formação da federação entre PT, PV e PCdoB, apresentando uma nominata que promete ser tão impactante quanto a do PSD do prefeito Eduardo Paes, apelidada de "nominata da morte" pela sua forte composição.
O retorno de Roberto Monteiro ao PCdoB, anunciando sua candidatura à Câmara de Vereadores do Rio, é um dos destaques dessa movimentação. Monteiro, advogado e ex-vereador, expressou sua alegria e entusiasmo ao voltar ao partido que considera sua formação política. "É com muita alegria e entusiasmo que retorno ao partido que me formou. Aqui sempre mantive muitos amigos", celebrou Monteiro, sinalizando a importância de laços fortes e comprometimento com as causas defendidas pelo partido.
O PV, por outro lado, reforça sua presença na federação com a adesão do vereador Márcio Santos, eleito pelo PTB em 2020, ampliando a diversidade de vozes e perspectivas dentro da aliança. A chegada de Santos ao PV demonstra a mobilidade e a dinâmica das alianças políticas, além de reforçar o compromisso da federação com a ampliação de sua base de apoio e representatividade.
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A estratégia do PT, PV e PC do B para as eleições municipais no Rio de Janeiro reflete um partido em busca de equilíbrio entre manter suas raízes e abrir espaço para novas vozes.
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