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Desde que apareceu na cena política como denunciante dos esquemas de corrupção no Ministério da Saúde, Luis Miranda (DEM-DF), tem deixado no ar que poderia ter uma gravação da conversa do encontro com o presidente Jair Bolsonaro comprovando tudo o que vem afirmando.
Como o chefe do executivo primeiro se calou e depois foi contraditório em relação ao famoso encontro que lançou luzes definitivas dos esquemas de corrupção em seu governo, protagonizados pelos coronéis comandados pelo general, as especulações de Luis Miranda ganharam ares de verdade.
No entanto, ao mesmo tempo que Luis Miranda sempre afirmou que ‘jamais gravaria o presidente’ e fez questão de dizer que na referida reunião estavam apenas ele, seu irmão Ricardo e o ajudante de ordens, Jonathas Diniz Vieira Coelho, capitão-de-corveta da Marinha, fica no ar a questão.
Se um disse que jamais gravaria um presidente da República e outro afirmou, em depoimento para a Polícia Federal, que não tinha gravado, alguém está mentindo ou então a tal gravação foi feita pelo ajudante de ordens.
Guerra de versões à parte, o fato concreto até agora é que em depoimento prestado à Polícia Federal na quarta-feira (14), o irmão do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda afirmou, segundo o jornal O Globo, não ter gravado sua conversa com Jair Bolsonaro.
Os irmãos Miranda foram responsáveis por levar à CPI da Covid uma denúncia sobre um possível esquema de corrupção na compra da Covaxin pelo Ministério da Saúde. O parlamentar afirmou que já havia levado a denúncia a Bolsonaro e, na ocasião, o chefe do governo federal teria apontado como 'dono do rolo' seu líder na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR). Mesmo diante da denúncia, Bolsonaro não teria tomado nenhuma medida.
O servidor da Saúde foi ouvido como testemunha, sob o compromisso de dizer a verdade, pela Polícia Federal no âmbito do inquérito que apura se Bolsonaro prevaricou no caso da Covaxin. Ele reafirmou ter tido a conversa, junto com seu irmão, com Bolsonaro, mas negou a existência de gravação.
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