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Quebras de sigilos telemáticos em posse da CPI da Pandemia revelaram a existência de um grupo de WhatsApp formado por funcionários da operadora Prevent Senior e por simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro, como o blogueiro Allan dos Santos.
Mensagens obtidas pela comissão mostram que o grupo era um canal por meio do qual a Prevent abastecia os simpatizantes do governo com informações sobre o tratamento de “kit Covid” na rede para que eles pudessem difundir as informações e fazer a defesa do tratamento precoce.
Além de Allan dos Santos, Patrick Folena, empresário e um dos líderes do grupo Avança Brasil, também participava do grupo.
As quebras de sigilo mostram que o grupo servia para trocar informações sobre tratamento precoce. Em uma das mensagens, por exemplo, postada por Folena no dia 6 de abril de 2020, ele afirma que o empresário Carlos Wizard, também entusiasta da hidroxicloroquina, iria distribuir gratuitamente o medicamento. Em outra, comemora a produção do medicamento pelo Exército Brasileiro.
A CPI irá utilizar as mensagens para apontar a relação da operadora com a difusão de fake news.
No relatório final da CPI, políticos e propagadores de fake news serão imputados no crime do artigo 286 do Código Penal, que diz que é crime “incitar, publicamente, a prática de crime”. A pena é detenção de 3 a 6 meses, ou multa. Esse crime se chama apologia de crime ou criminoso.
Procurada, a Prevent Senior disse que desconhecia a informação e que não tem vinculação alguma com nenhum partido ou linha ideológica. Allan dos Santos e Patrick Folena não se manifestaram. (Da CNN)
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