Queiroga diz que mortes de crianças por Covid não pedem "decisões emergenciais"

"Felizmente, o número de óbitos nessa faixa etária é baixa", afirmou o ministro da Saúde, defendendo decisões "com base em evidências científicas de qualidade"

Queiroga diz que mortes de crianças por Covid não pedem

Após abrir consulta pública sobre vacinação infantil, apesar do parecer técnico-científico da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomendar a vacinação, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga afirmou que o grupo de crianças entre 5 e 11 anos é “onde se identifica menos óbitos em decorrência da Covid-19”, sendo assim, não é preciso decidir com urgência sobre a vacinação do grupo.

 

A declaração segue a posição política de seu chefe, Jair Bolsonaro, que é contra a vacina e defende medicamentos sem comprovação científica para o tratamento da Covid-19.

“Os óbitos de crianças estão dentro de um patamar que não implica em decisões emergenciais. Ou seja, isso favorece que o ministério possa tomar uma decisão baseada na evidência científica de qualidade, na questão da segurança, na questão da eficácia. Afinal de contas, nós queremos levar para os pais e para as mães uma palavra de conforto e de esperança e hoje nós estamos na época do Natal, é uma época propícia para isso”, afirmou o ministro.

Dados mostram que desde o início da pandemia, em março de 2020, mais de 300 crianças já morreram em decorrência da Covid-19. Somente em 2021 foram registrados 3.185 casos da doença na faixa etária.

Queiroga também afirmou não haver evidências científicas de que os imunizantes aplicados pela Anvisa têm eficácia contra a variante Ômicron.

Por Jornal da República em 23/12/2021
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