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A notícia do bloqueio do aplicativo de mensagens Telegram nesta sexta-feira (18/03) causou revolta nos eleitores/seguidores do presidente da República e do próprio Bolsonaro que já acionou o Ministério da Justiça para revogar a medida “em nome da liberdade”.
Parque de diversões da produção das mentiras bolsonaristas em larga escala, o Telegram agrega cerca de 1,3 milhão de seguidores do mandatário da República e a medida do STF, a pedido da Polícia Federal, impacta diretamente o ecossistema que alimenta a doença nazi-fascista que assolou o país.
Sem perder tempo, o presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro (PL) criticou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante discurso em culto evangélico no Acre, o chefe do Executivo disse que a notícia é “no mínimo triste”, e a decisão “inadmissível”.
Se fazendo de vítima e sensível como é praxe, Bolsonaro usou outros argumentos para criticar a decisão, mas não enfrentou a questão central de frente e tergiversou.
“Eu, pousando hoje, aqui em Rio Branco, tive uma notícia no mínimo triste. A decisão de um ministro de simplesmente banir do Brasil o aplicativo Telegram. Deixo claro, que 70 milhões de pessoas usam o Telegram no Brasil – para fazer negócios, se comunicar com a família, para lazer e uma parte considerável para fazer um contato entre hospital-paciente e paciente-médico”, afirmou o presidente.
Bolsonaro se dedicou ao tema com um afinco que nem de longe lembrava o presidente da República que desdenha da maior estatal do país, que é a indutora do nosso desenvolvimento, mas o homem que fala 7 mentiras por dia, segundo as agências de checagens, insiste em fingir não conhecer o problema que é a política de preços adotada desde o golpe de Estado de 2016 por Michel Temer e mantida por ele.
“Olha as consequências da decisão monocrática de um ministro do Supremo Tribunal Federal. É inadmissível uma decisão dessa natureza. Porque [Moraes] não conseguiu atingir duas ou três pessoas, que na cabeça dele deveriam ser banidas do Telegram, ele atinge 70 milhões de pessoas, podendo, inclusive, causar óbitos no Brasil por falta de um contato paciente-médico”, prosseguiu.
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