Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
Há quase dois anos, um recurso do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) aguarda análise no Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido, apresentado em maio de 2023, busca reverter a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que anulou provas no caso da rachadinha envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O processo está sob responsabilidade do ministro Gilmar Mendes, mas ainda não há previsão para um desfecho.
O caso teve início em 2019, quando o MP-RJ denunciou Flávio por supostamente comandar um esquema de desvio de salários de assessores durante seu mandato na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). De acordo com as investigações, o ex-policial Fabrício Queiroz, aliado próximo da família Bolsonaro, atuava como operador do esquema, direcionando os valores para o então deputado estadual.
A investigação, no entanto, foi interrompida em 2021, quando a Quinta Turma do STJ, por quatro votos a um, anulou as provas coletadas na primeira instância. O tribunal entendeu que Flávio tinha direito a foro privilegiado e que o juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio, não poderia ter conduzido o caso. Com isso, todas as provas reunidas na investigação foram invalidadas.
Agora, o MP-RJ tenta reverter essa decisão no STF, o que poderia reabrir as investigações e trazer novas implicações políticas para Flávio Bolsonaro. O senador já manifestou interesse em disputar a reeleição em 2026 e, segundo Jair Bolsonaro, seria um nome forte para uma eventual candidatura presidencial. “Bom articulador, um baita nome”, afirmou o ex-presidente recentemente.
Enquanto o recurso segue sem julgamento, a família Bolsonaro enfrenta outros processos, que vão desde suspeitas de tentativa de golpe até investigações sobre desvio de joias e fraudes em cartões de vacinação. Caso o STF decida a favor do MP-RJ, o filho do ex-presidente pode enfrentar um novo cenário jurídico, que pode comprometer sua trajetória política.
A indefinição sobre o julgamento mantém o caso em suspenso, deixando o futuro político de Flávio Bolsonaro atrelado ao ritmo do Supremo Tribunal Federal.
Fonte: Brasil247
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!