Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
DA REDAÇÃO - Em um país que retornou ao Mapa da Fome, onde pessoas estão cozinhando à lenha por causa do preço exorbitante do gás de cozinha e, mais grave, onde moradores de Cuiabá, por exemplo, fazem fila para conseguir doações dos restos do processo de desossa do boi, soa no mínimo incômodo se deparar com um governo que se elegeu com o slogan moralizante (entre tantos) de que “a mamata vai acabar” ter em seus quadros membros ganhando mais de R$ 100 mil reais. É o que aponta o colunista Guilherme Amado, do site Metrópoles.
Os generais da reserva do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que ocupam cargos no primeiro escalão do Planalto, chegam a receber, por mês, um salário líquido de mais de R$ 100 mil. O maior vencimento dos generais é o do ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, que recebeu, em junho, R$ 111 mil.
Em seguida, Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional, que recebeu R$ 107 mil.
O ministro da Casa Civil, Braga Netto, recebeu, em junho, uma quantia de R$ 106 mil.
De acordo com o colunista, os valores foram altos porque esses generais receberam extra parcela do 13º salário e pagamentos retroativos desde abril, quando o governo liberou remuneração acima do teto salarial, hoje de R$ 39,2 mil.
Todos os generais ganham mais que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que recebe cerca de R$ 32 mil.
Os salários mais expressivos são pagos ao presidente da Petrobras, o general de Exército Joaquim Silva e Luna, que chegou ao cargo em abril deste ano, após uma intervenção de Jair Bolsonaro na estatal.
Por estar na reserva, no topo da hierarquia militar, Silva e Luna recebe R$ 32,2 mil brutos. Na Petrobras, conforme o formulário de referência divulgado pela estatal aos investidores, a remuneração média mensal chega a R$ 228,2 mil, levando em consideração ganhos fixos e variáveis referentes ao ano de 2020.
Na prática, os ganhos fixos representam uma remuneração mensal de R$ 83 mil ao presidente da estatal. Os variáveis ficam para o fim do ano. Para 2021, os ganhos variáveis previstos são maiores, em comparação com 2020, de acordo com o formulário. Somando todos os ganhos, o general ganharia pelo menos R$ 260,4 mil brutos por mês, incluída a remuneração de militar.
Militares e Centrão, aquele mesmo do general Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional do inesquecível “se gritar pega Centrão...”, formam o eixo central da ‘nova política’ anunciada com pompa e arrogância por Bolsonaro em sua campanha e assimilada com devoção por seus seguidores que seguem acreditando na lorota patriota.
Como disse o jornalista do The Intercept Brasil, Leandro Demori, “o governo é militar, a gestão é militar, o desastre é militar, a incompetência é militar e a corrupção é militar”.
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!