Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro: Um Novo Paradigma na Gestão da Saúde Pública

Propostas para a Distribuição Estratégica entre Entidades Estatais e Privadas visando Eficiência e Qualidade no Atendimento

Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro: Um Novo Paradigma na Gestão da Saúde Pública

Em um encontro estratégico ocorrido na capital federal na semana passada, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, delineou os planos de intervenção nos hospitais federais do Rio de Janeiro para as titulares das pastas da Saúde, Nísia Trindade, e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. Este movimento, supervisionado pela Casa Civil, visa transferir a gestão das 22 unidades federais para uma variedade de entidades, afastando-se da tradicional supervisão pelo Ministério da Saúde.

O novo modelo de administração está sendo meticulosamente elaborado pela equipe liderada por Costa, que propõe uma distribuição diversificada das responsabilidades. Algumas unidades serão convertidas em fundações, enquanto outras assumirão o status de empresas públicas. Além disso, há planos para a entrada do Grupo Hospitalar Conceição, ligado ao Ministério da Saúde e com operações no Rio Grande do Sul, no cenário carioca.

A descentralização inclui a transferência de gestão para diferentes esferas governamentais e instituições, como estado, município, universidades e até mesmo entidades privadas. Por exemplo, a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) assumirá o Hospital do Andaraí, devido à sua proximidade com o hospital-escola Gaffrée e Guinle.

Outras unidades serão repassadas para o estado e município, com critérios que consideram não apenas a capacidade administrativa, mas também a demanda regional e a eficiência operacional. Destaca-se o papel da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vinculada ao Ministério da Educação, que ficará encarregada da gestão de importantes instalações, como o Hospital Clementino Fraga Filho, da UFRJ, e a Maternidade-Escola de Laranjeiras.

Em paralelo, a Fundação Oswaldo Cruz manterá sua atuação em unidades como o Instituto Fernandes Figueira e o Instituto de Pesquisas Clínicas Evandro Chagas, além de assumir a gestão do Hospital da Lagoa. Esta realocação estratégica visa otimizar recursos, potencializar a expertise de cada entidade e melhorar a qualidade do atendimento.

Este ambicioso plano de reestruturação não se limita apenas à redistribuição de responsabilidades, mas também aborda a retomada de obras paralisadas, essenciais para a expansão e modernização da infraestrutura hospitalar do Rio de Janeiro. Com metas claras estabelecidas, espera-se que todas as obras estejam concluídas até dezembro de 2025, alinhando-se à determinação do presidente Lula e visando o bem-estar e a saúde da população carioca.

 

 

Por Jornal da República em 18/04/2024
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