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Na política, como no jogo de xadrez, cada movimento é calculado e, às vezes, a peça que menos esperamos é a que dá o xeque-mate. Na Baixada Fluminense, a dança das cadeiras tem mostrado que, em terra de sapo, de colete a prova de balas, quem tem irmão é rei. A região, já bem vista aos olhos do governo estadual, vê agora uma nova configuração em seu tabuleiro político.
Com a saída de Dr. Flávio, a Baixada não perdeu tempo e já colocou outro membro da família no jogo. Dr. Deodalto, irmão de Flávio e conhecido nas rodas políticas, assume a secretaria de Estado de Agricultura, mostrando que, em família que vai a Roma, todos querem ser papa.
Dr. Flávio, por sua vez, não fica atrás e, como quem não quer nada, assume a titularidade no Congresso, substituindo Carlos Jordy, que agora mira novos horizontes na prefeitura de Niterói.
A troca, mais do que uma simples substituição, é uma verdadeira estratégia de xadrez, onde cada jogador conhece bem o tabuleiro. Paracambi e a Baixada, com essa movimentação, garantem não apenas uma, mas duas representações no alto escalão, mantendo-se firmes tanto no Palácio Guanabara quanto no Congresso.
E como em política, assim como na vida, quem não é visto não é lembrado, a apresentação de Renan Jordy, irmão de Carlos, ao plenário da Casa, na vaga de Dr. Deodalto.
Renan, assumindo o cargo de deputado estadual, mostra que, em jogo de cintura, a família Jordy sabe dançar.
A Baixada Fluminense, com essa nova configuração, prova que, mais do que nunca, está com a faca e o queijo na mão. E como diz o ditado, em casa de ferreiro, o espeto é de pau, mas na política da Baixada, o jogo é de mestre.
Por Ralph Lichotti
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