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É com profunda preocupação e tristeza que observo os eventos recentes no Rio Grande do Sul. A tragédia climática que se abateu sobre o estado é um reflexo alarmante das mudanças climáticas globais que estamos enfrentando, mas também é consequência da ocupação urbana de áreas impróprias para construção de moradias. As margens pantanosas do Guaíba foram seguidamente aterradas e ocupadas, o que contribuiu significativamente para a catástrofe relacionada a eventos climáticos extremos.
Quando áreas naturalmente destinadas a absorver o excesso de água das chuvas, como as planícies de inundação e áreas pantanosas, são ocupadas para urbanização, elas perdem sua capacidade de amortecer as enchentes,
O concreto e o asfalto impedem que a água da chuva se infiltre no solo, aumentando o escoamento superficial e o risco de enchentes.
A construção em áreas pantanosas altera o curso natural da água, levando a inundações em locais que anteriormente não eram afetados.
Portanto é óbvia a responsabilidade dos governantes na tragédia do Rio Grande do Sul. Os governos têm a responsabilidade de implementar políticas de prevenção, como o planejamento urbano responsável, não liberando construções em áreas impróprias para a habitação.
O congresso também tem responsabilidade, pois precisa elaborar uma legislação ambiental para proteger as áreas vulneráveis e prevenir a degradação ambiental que pode exacerbar os efeitos das mudanças climáticas.
Portanto, é crucial que haja um planejamento urbano responsável que considere os riscos ambientais e climáticos, evitando a ocupação de áreas pantanosas e outras zonas de risco. Isso pode ajudar a prevenir futuras catástrofes e garantir a segurança e o bem-estar das populações urbanas. Além disso, políticas públicas eficazes são necessárias para gerenciar e mitigar os riscos em áreas já ocupadas
A tragédia no Rio Grande do Sul é um sinal claro de que as mudanças climáticas não são uma ameaça distante, mas uma realidade iminente. insisto na urgência de ações concretas para mitigar esses efeitos. É essencial que governos, empresas e indivíduos reconheçam a gravidade da situação e trabalhem juntos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e investir em infraestrutura que seja capaz de resistir aos extremos climáticos que serão cada vez mais comuns.
Até a próxima semana.
Filinto Branco – colunista político
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