Rio ‘Não pode ser coisa normal’ diz Cláudio Castro sobre apreensão de armas de guerra

Rio ‘Não pode ser coisa normal’ diz Cláudio Castro sobre apreensão de armas de guerra

O Governador Cláudio Castro fez a entrega de uma premiação de R$ 2,5 milhões a policiais civis e militares que participaram da apreensão de 500 fuzis em operações realizadas em comunidades do estado. O pagamento do bônus foi determinado por decreto de Castro em agosto de 2023. O governador disse que a grande quantidade de armas de guerra apreendidas pela polícia não pode ser tratada como coisa normal.

“Nós estamos, infelizmente, passando a viver uma normalidade, algo que é absolutamente e deveria ser absolutamente extraordinário, ter uma arma de guerra num período urbano de uma cidade de um estado como Rio de Janeiro. Nós não podemos mais normalizar uma situação que é crítica. Seria crítico se fosse um, mas são 500”, afirmou Cláudio Castro.

O secretário de Segurança Pública Victor Santos, alerta para a necessidade de todos os entes federativos participarem do combate ao crime organizado no Rio de Janeiro.

“O grande problema de segurança pública no Rio de Janeiro são essas armas na mão de criminosos. O Rio não fabrica esse tipo de arma. Essa reflexão precisa ser feita. Vocês podem ver na exposição das armas, essas são as armas que os nossos policiais enfrentam todos os dias. Isso é um risco muito grande para a família policial, para o policial e para todas as sociedades. E é isso que a gente precisa fazer, todos os entes federativos precisam participar. Porque essas armas estão na mão de criminosos em áreas onde a desordem urbana é que prevalece e prevalece há décadas”, disse o secretário.

Já o secretário de Estado da Polícia Militar, coronel Marcelo Menezes lembrou que os fuzis são utilizados para assaltos, homicídios e outros crimes dos traficantes.

“Nesta cerimônia estamos premiando policiais responsáveis pela apreensão de 500 fuzis entre agosto de 2023 a junho deste ano. É importante ressaltar que desses 500 fuzis, 438 foram apreendidos por policiais militares. Foram recolhidos em comunidades utilizadas por facções para servir de base para suas organizações criminosas, como homicídios, roubo de veículos, roubo de cargas, extorsões e extravios de patrimônio público”, finalizou Menezes.

A solenidade foi realizada na sede do Batalhão de Operações Policiais Especiais, o BOPE, no bairro de Laranjeiras, na Zona Sul da Cidade.

Cláudio Castro diz que dívida do Estado não pode ficar em “Boca de Jacaré”.

Durante solenidade, o governador Cláudio Castro também falou sobre a dívida do Estado, que, segundo ele, quanto mais é paga mais aumenta.

“Se tem alguém que não endividou o Estado em nada, chama-se Cláudio Castro, esse só pagou divida. Ela [A dívida] aumenta, porque num IPCA mais de quatro, num país que só cresce a um e pouco, dois, é muito óbvio que essa divida vai crescer mais que a nossa capacidade de arrecadação. Por isso que a gente está discutindo o Propague, por isso que a gente está com a ação no Supremo, exatamente para rediscutir esses indexadores que façam o que a gente chama dessa boca de jacaré que hoje está aberta, para que ela possa ser uma boca fechando, ao contrário, para que quanto mais a gente pague, menos a gente deva, e não quanto mais a gente pague, mais a gente deva, que é a realidade de hoje. Então, a nossa discussão, inclusive no Supremo está lastreada nisso”, sentenciou o governador.

 

(Foto: Marcos Antonio de Jesus / Super Rádio Tupi)

 

 

 

Por Jornal da República em 28/08/2024
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