Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
Durante o evento "Margem Equatorial e Políticas Públicas", realizado no dia 26 de março em Brasília pelo Brasil 247, TV 247 e o site Agenda do Poder, o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, fez uma defesa enfática da exploração de petróleo na Margem Equatorial. Em sua fala, destacou a competência técnica e a responsabilidade ambiental da indústria nacional, além de ressaltar o direito do Brasil de conhecer e usufruir de suas riquezas naturais.
“Todos os dias, à meia-noite, já teremos produzido 3 milhões de barris sem que tenha caído no mar uma gota de petróleo”, afirmou Ardenghy, referindo-se à produção nas bacias de Campos e Santos, no litoral Sudeste. O dirigente reforçou a confiança na indústria brasileira, ressaltando os elevados padrões de segurança operacionais e a expertise adquirida ao longo das últimas décadas, que permitem o avanço responsável na Margem Equatorial.
Ardenghy também mencionou a relevância do petróleo para a economia nacional, recordando que o setor foi o principal item da balança comercial brasileira em 2024 e continua em destaque em 2025. Ele apontou que, somando petróleo e gás natural, o Brasil já ultrapassa a produção de 4 milhões de barris por dia, com qualidade e responsabilidade social.
Um dos pontos centrais de sua fala foi a importância estratégica da produção nacional na redução das emissões globais. “Se o Brasil parar de produzir petróleo, o mundo vai emitir mais CO?”, alertou. Segundo ele, o petróleo brasileiro está entre os menos carbonizados do mundo, o que torna a produção nacional uma alternativa mais sustentável em comparação com outras fontes importadas.
O presidente do IBP também destacou a necessidade de renovação das reservas, alertando para o envelhecimento das principais áreas produtoras. “A bacia de Campos já produz cerca de 50% do que produzia, e o pré-sal também entrará em processo de amadurecimento”, afirmou, defendendo a exploração de novas frentes para garantir a continuidade da produção.
Outro ponto abordado foi o protagonismo tecnológico do Brasil na indústria de óleo e gás. Ardenghy comparou o setor à relevância do país na aviação e na produção agrícola, enfatizando que a engenharia brasileira lidera inovações no setor. “Temos hoje 40 mil empresas fornecendo máquinas e equipamentos de altíssima tecnologia para o setor”, afirmou. Ele também destacou os cinco prêmios internacionais recebidos pela Petrobras nos últimos dez anos por projetos desenvolvidos no Brasil, reforçando que o país não depende de tecnologia estrangeira para avançar na exploração petrolífera.
Encerrando sua participação, Ardenghy criticou as tentativas de impedir o debate sobre a exploração de petróleo no Amapá e em outras áreas da Margem Equatorial. “Pobre do país ao qual é vedada a informação sobre a existência ou não de riquezas em seu subsolo”, declarou. Para ele, a questão transcende o setor energético, tratando-se de um debate sobre soberania, desenvolvimento nacional e justiça social.
Fonte: Brasil247
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!