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No evento de refundação do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) no Rio de Janeiro, o ex-governador do Paraná, Roberto Requião, fez um discurso marcante que ressoou entre os presentes. Requião, que tem uma longa trajetória política associada ao antigo PTB, falou sobre a importância da refundação do partido e criticou a polarização política atual no Brasil.
"Minha origem política é o PTB, o velho PTB que era o partido do meu pai, pela visão nacionalista do Brasil. Vejo a utilidade da restituição do PTB hoje para acabar com essa polarização desideologizada. Lula de um lado, Bolsonaro do outro, e as coisas vão ficando sem a discussão política necessária", disse Requião.
Ele destacou a necessidade de um movimento nacionalista forte para enfrentar as atuais políticas econômicas, como a privatização da Eletrobras e as ações na Petrobras, que, segundo ele, continuam na mesma linha das políticas adotadas durante o governo Bolsonaro sob Paulo Guedes. Requião também mencionou sua recente ação popular contra a privatização da Eletrobras, que foi apoiada pelo Procurador-Geral da República.
Requião criticou a gestão atual da Petrobras, afirmando que a empresa está dominada pelo setor privado, com o fundo BlackRock tendo uma posição majoritária. Ele também comentou sobre a mudança de foco do Partido dos Trabalhadores (PT), apontada por Aldo Rebelo, que acredita que o partido se afastou de um projeto nacionalista em favor de questões identitárias.
Ao final de seu discurso, Requião deixou uma mensagem para os jovens interessados em política: "Primeiro precisa compreender a situação. Não pode entrar pensando em cargo público, ser vereador ou deputado. Entender, estudar um pouco de economia, ver o que acontece no mundo. Nós não podemos transformar uma realidade sem descobri-la em profundidade."
O evento de refundação do PTB trouxe à tona discussões importantes sobre o futuro político e econômico do Brasil, ressaltando a necessidade de um debate mais profundo e ideológico, longe da polarização desideologizada que atualmente domina o cenário político.
Por Jéssica Porto e Robson Talber/ Repórter Ralph Lichotti
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