Rumble volta a funcionar no Brasil após 1 ano e 2 meses fora do ar

Reativação ocorre às vésperas da visita da OEA ao Brasil para avaliar a liberdade de expressão.

A plataforma de vídeos Rumble voltou a funcionar no Brasil. Na noite de sábado, dia 8 de fevereiro, os usuários foram surpreendidos por uma nota na conta da Rumble no X, que dizia: “Olá Brasil, estamos de volta” (Hello, Brazil! We are back!)”. 

• O Rumble é uma plataforma de vídeo concorrente do Youtube, criada no Canadá em 2013. 

A reativação encerra um período de 1 ano e 2 meses sem que o Rumble operasse no país. Em dezembro de 2023, o CEO da empresa, Chris Pavlovski, justificou o encerramento das atividades por discordar de decisões da Justiça brasileira.

Na ocasião, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia determinado o bloqueio de perfis e remoção de conteúdo de usuários, o que Pavlovski considerou censura. 

Logo após a decisão, quaisquer usuários que tentassem acessar o Rumble encontravam a mensagem: 

‍“Devido às exigências do governo brasileiro para remover criadores de conteúdo de nossa plataforma, o Rumble está atualmente indisponível no Brasil. Estamos contestando essas exigências e esperamos restabelecer o acesso em breve”.

Na tarde de sábado, Chris Pavlovski anunciou que a plataforma poderia voltar a funcionar no Brasil. No mesmo dia, por volta das 20h, o site já estava no ar. 

O retorno das operações do Rumble ocorre ao mesmo tempo em que o STF libera uma série de perfis que estavam bloqueados em redes sociais. Na última sexta-feira, foram liberadas as contas de influenciadores associados à direita, como Bernardo Kuster, Guilherme Fiúza e Luciano Hang. 

Também voltaram ao ar os perfis do influenciador Bruno Abib, o Monark, cujas contas estavam bloqueadas desde junho de 2023 por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Reativação ocorre às vésperas da visita da Organização dos Estados Americanos para avaliar liberdade de expressão no Brasil

As reativações ocorrem em meio à visita de membros da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) ao Brasil. 

O órgão virá ao país entre os dias 9 e 14 de fevereiro com o objetivo de avaliar a liberdade de expressão. 

Será a primeira visita conduzida pela relatoria especial para a liberdade de expressão no país. Os membros passarão pelo Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília e terão reuniões com representantes dos Três Poderes.