Rússia acusa Ucrânia de recusar negociações de Paz e cita apoio ao diálogo

Rússia acusa Ucrânia de recusar negociações de Paz e cita apoio ao diálogo

   Em meio às crescentes crescentes no conflito entre Rússia e Ucrânia, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, declarou neste domingo (8) que a Ucrânia continua a evitar negociações de paz com Moscou. Segundo Peskov, o governo de Volodymyr Zelensky emitiu um decreto que proíbe qualquer contato direto com a liderança russa, dificultando uma solução diplomática para o conflito.

De acordo com a porta-voz, a posição da Rússia é clara: o presidente Vladimir Putin já apresentou condições específicas para encerrar as hostilidades, e Moscou permanece aberta ao diálogo. “Para iniciar um caminho pacífico, o líder de Kiev só precisa revogar o decreto e dar instruções para retomar as negociações, considerando as realidades no terreno”, afirmou Peskov.

Contexto Internacional

As declarações coincidem com os comentários do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que defendeu um cessar-fogo imediato e a retomada das negociações entre os dois países. Em publicação na rede Truth Social, Trump alertou para o risco de uma escalada mais ampla do conflito e lamentou as perdas humanas e materiais. “Muitas vidas estão sendo desperdiçadas desnecessariamente, muitas famílias destruídas. Se isso continuar, pode se transformar em algo muito maior e muito pior”, escreveu o republicano.

Após um encontro em Paris com os presidentes da França, Emmanuel Macron, e da Ucrânia, Zelensky, Trump reforçou que, segundo ele, as autoridades ucranianas estariam dispostas a procurar um acordo com o lado russo.

A Resistência de Kiev

Apesar das pressões internacionais, a postura oficial da Ucrânia permanece firme. Desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, Zelensky tem condicionado qualquer diálogo à retirada total das tropas russas de territórios ucranianos, incluindo a Crimeia, anexada pela Rússia em 2014. Para Kiev, sentado à mesa de negociações enquanto o país enfrenta a ocupação militar seria equivalente a ceder aos interesses do Kremlin.

Enquanto isso, os analistas apontam que o envolvimento do Sul Global em iniciativas de paz é visto com bons olhos por Moscou. Peskov destacou que a Rússia está aberta a propostas de mediação desses países, mas enfatizou que o impasse permanece devido à recusa da Ucrânia em dialogar.

Cenário de Incerteza

Com uma guerra ultrapassando dois anos, o conflito tem provocado devastação humanitária, deslocamento em massa de cidadãos e impactos significativos na economia global. A falta de progresso diplomático e a continuidade dos combates levantam preocupações sobre o futuro da região e o potencial de uma escalada militar ainda mais ampla.

A comunidade internacional aguarda os próximos desdobramentos, enquanto o apelo por negociações ganha força nos bastidores da geopolítica global.

 

Fonte: Brasil247

 

Por Jornal da República em 09/12/2024
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