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Em sua terceira edição, o sarau Meta no Beco, do coletivo de artistas One Real, ocupou o icônico Bottle's Club, no Beco das Garrafas, em Copacabana, na noite de quarta (6/12), com a casa cheia, promovendo um encontro entre a música e a literatura.
“É uma alegria imensa poder abraçar os amigos neste final de ano. Como sempre, trazemos novidades, e a desta noite é a participação da Fundação SM, que, como nós, contribui com a vanguarda da arte dando espaço para novos autores”, disse a anfitriã Jehane Saade, idealizadora do projeto.
Carlos Eduardo Braga, Gestor de Negócios de Literatura do Grupo SM, apresentou o trabalho da empresa na área editorial e de educação e falou das conexões com o mundo das artes, simbolizada na participação no sarau.
“A Fundação SM surgiu na Espanha e hoje está em nove países. Trabalhamos com quatro pilares: o primeiro é trazer equidade educacional, e não tem como falar de educação sem falar em arte. O resultado do Pisa divulgado recentemente mostrou o déficit educacional do Brasil, que é muito cruel, porque não nos dá a oportunidade de democratizar a arte”, afirmou Carlos, que é também historiador e artista plástico.
Ele listou os outros três pilares que norteiam o trabalho da fundação — pensar a formação continuada de educadores; alcançar o aluno que vive em situação de exclusão por meio de ações socioeducativas; e fomentar a leitura e a escrita — e apresentou o próximo lançamento do projeto “Brasil e Suas Vozes”, que estreou em 2021 com a intenção de “romper os espaços geográficos”, trazendo a diversidade da produção literária brasileira.
“Vocês estão tendo o privilégio de serem os primeiros a conhecer ‘O Rio do Meu Tio’, um livro infantojuvenil em que provoquei a Lúcia para trazermos a estética do Rio de Janeiro”, disse Carlos Eduardo, introduzindo a autora do livro, Lucia Fidalgo.
“Foi uma honra o convite para escrever sobre o Rio. O livro conta a história de um menino cujo sonho era conhecer essa cidade. Sou carioca da gema e tenho uma paixão por essa cidade, foi uma alegria, é uma honra falar sobre ela”, disse a escritora.
Se o projeto Brasil e Suas Vozes busca a diversidade literária do país, o sarau Meta no Beco cumpre o mesmo papel na música, reunindo artistas novos e independentes de variados estados e estilos, como ficou provado mais uma vez no encontro de quarta.
A noite foi aberta pelo cantor Madu, que mostrou versões para o xote “Deus me Proteja” (Chico César), “Os Mais Doces Bárbaros” (Caetano Veloso), “Aguenta Coração” (José Augusto) e duas canções de Tom Zé: “Sonho Colorido de Um Pintor” e “Tô”.
Saade, a anfitriã da noite, também mostrou seu talento, estreando sua composição “Palavras Pequenas”. Cláudio Frêp levou ao palco seu “Manifesto Caboclo”, texto e EP, com canções como “Flor de Jambeiro” e “Amor Perfeito”.
Um dos grandes destaques da noite foi a animação dos convidados pernambucanos, que mobilizaram o público que lotou o Bottle’s.
Ceceu Valença (filho de Alceu) cantou seu sucesso “Doce Menina” e dividiu os clássicos “Chega de Saudade” e “Sina” com Saade. Na sequência, o cantor Bedai mostrou suas composições “Fogo no Brasa” e “Desenho de Deus”, sucesso na voz de Armandinho. Também agradeceu “à guerreira Jehane Saade” pela criação do sarau.
“É muito fundamental a força, a fé, todo mundo reunido aqui. Todo mundo tem seu trabalho, tem muita coisa séria envolvida, uma salva de palmas para o projeto”, disse Bedai.
Dentro do espírito colaborativo e improvisado do sarau, ele assumiu a bateria para a apresentação da jovem Becky Bee, de 26 anos, vinda do Mato Grosso do Sul para apresentar seu reggae “Deixa Eu Ser Assim” e o rap “Culpa-me” que compôs para seu filho.
Os shows do sarau foram registrados em vídeo e estão em negociação com emissoras. A plataforma onereal.tv já disponibiliza o podcast da marca e pode ser acessado no site por 'One Cast' e estão sendo gravados no centro do Rio, no Clube Empreendedor, numa iniciativa com da agiradira cultural com o empresário Rafael Ponzi.
“A One Real é uma marca voltada ao crescimento de artistas independentes, um coletivo que apoia artistas na construção de bens patrimoniais e geração de conteúdo de valor para nossa sociedade”, disse Saade que além de tudo brilha nos palcos.
O sarau idealizado pela cantora e empresária volta aos palcos em 2024, com o lançamento do instituto cultural e continuando sua missão de inovar a articulação e o desenvolvimento do meio artístico, na busca por novos talentos.
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