Sai Moraes! Moraes presidente!

Sai Moraes! Moraes presidente!

Nem mesmo começou para valer a corrida presidencial, e já está acontecendo casos inusitados de manifestação popular. Tão logo encerrou o julgamento no STF que condenou hoje (20) o Deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) a 8 anos e 9 meses de prisão pelos crimes de tentativa de impedir o livre exercício dos Poderes e coação no curso do processo.  Segundo fonte, um cidadão que acompanhava a notícia, sentado numa mesa de Bar no Rio de Janeiro foi flagrado gritando: Sai Moraes! Moraes presidente!

Conforme informou a agência Brasil de Notícias - com a decisão, Silveira também foi apenado com a perda do mandato e a suspensão dos direitos políticos após o fim dos recursos, penas que podem tornar o parlamentar inelegível temporariamente. O deputado também deverá pagar cerca de R$ 200 mil de multa pela condenação. As penas não serão cumpridas imediatamente porque ainda cabe recurso, mas o deputado já pode ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa em uma eventual tentativa de se candidatar às eleições de outubro. No entanto, ele foi absolvido da acusação de incitar as Forças Armadas contra as instituições porque a Lei de Segurança Nacional (LSN), que vigorava desde 1983 e foi revogada no ano passado.

Record no Twitter

Enquanto estava sendo julgado no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira, o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) foi mencionado em 116 mil posts no Twitter. A contagem é de levantamento da Arquimedes, que registrou o número em monitoramento até as 16h.

Dentre as publicações, a maioria é de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL): 93% do debate foi concentrado em perfis bolsonaristas — entre eles, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que saiu em defesa de Silveira. Somente Eduardo Bolsonaro se manifestou, em seu perfil na rede social, seis vezes sobre o tema nesta quarta-feira.

Evangélicos divergiram

O ministro Nunes Marques abriu a divergência e votou pela absolvição. O ministro repudiou as falas do deputado, mas afirmou que Silveira está acobertado pela imunidade parlamentar, regra constitucional que impede a punição de deputados por suas palavras e opiniões. 

"Utilizando de sua rede social para informar seus eleitores, portanto, em razão de seu mandato, expôs fatos ocorridos que entendeu injustos, contudo, em linguajar nada recomendável a um parlamentar, o que foi posteriormente reconhecido pelo próprio acusado", afirmou.  

O ministro André Mendonça abriu uma terceira corrente e votou pela condenação de Silveira a 2 anos e 4 meses de prisão pelo crime de coação no curso do processo. O ministro disse que o Supremo e as demais instituições devem ser respeitadas e não pode haver desequilíbrio na punição. 

Da Redação/Agência Brasil/Imagem: editoria

Por Jornal da República em 21/04/2022
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