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A vitamina D é um pró-hormônio que associado ao paratormônio (PTH), atua como importante regulador do metabolismo ósseo. A principal fonte de produção da vitamina D se dá por meio da exposição solar, pois os raios ultravioletas do tipo B (UVB) são capazes de ativar a síntese dessa substância. O horário mais propício para se estimular a obtenção da vitamina D é entre 10h até às 15h, pois é nessa faixa que a incidência de raios UV atinge seu pico. No entanto, no verão, acima dos 30ºC, é melhor evitar o sol do meio-dia por ser muito intenso e perigoso.
Alguns alimentos, especialmente peixes gordos (salmão, atum, cavala, arenque, sardinha) são fontes dessa vitamina, porém representam apenas 10%, os outros 90% são obtidos através da síntese cutânea após a exposição solar.
Tendo como papel fundamental a manutenção da massa óssea, alguns estudos têm sugerido que ela pode influenciar também o sistema imunológico. Sua deficiência (hipovitaminose D) pode estar relacionada com o desenvolvimento de doenças autoimunes, como diabetes mellitus tipo I, esclerose múltipla, doença inflamatória intestinal, doenças cardiovasculares, lúpus, encefalite autoimune e artrite reumatoide. Diante dessas associações, sugere-se que a vitamina D seja um fator extrínseco, que pode ser capaz de afetar a prevalência dessas doenças. Contudo no momento ainda não é possível comprovar a relação causa-efeito, sendo necessária a realização de mais estudos.
Em relação ao Coronavírus ,não há comprovações científicas de que a vitamina D tenha alguma relação com a prevenção e o tratamento deste . “O que sabemos é que ela é tão importante quanto os outros nutrientes (zinco, selênio, magnésio, vitaminas A, C, e E),e que o estado nutricional adequado de vitamina D previne gripes, resfriados e infecções do trato respiratório”.
Já para as gestantes o consumo da vitamina D é ainda mais essencial. A gestação é considerada um período crítico e a deficiência desta vitamina, neste período, pode estar associada ao desenvolvimento de diabetes mellitus gestacional, vaginose bacteriana, pré-eclâmpsia, baixo peso do recém-nascido, além de se relacionar também com alguns desfechos tardios, como baixa massa óssea e aparecimento de marcadores de risco cardiovascular nas crianças em idade escolar.
Em lactentes, o leite materno, que é o melhor alimento para o recém-nascido, possui baixas concentrações de vitamina D, mesmo que a puérpera tenha uma boa ingestão desta vitamina.É recomendada a suplementação de crianças em aleitamento materno exclusivo, sendo iniciada logo após o nascimento, a partir da avaliação médica e nutricional.
A hipovitaminose D é um problema mundial e o Brasil apresenta uma taxa elevada em diversas faixas etárias. É importante enfatizar que é considerada população de risco para hipovitaminose D, pacientes com raquitismo ou osteomalácia, portadores de osteoporose, síndromes de má-absorção (fibrose cística, doença inflamatória intestinal, doença de Chron, cirurgia bariátrica), insuficiência renal e hepática, medicações que interfiram no metabolismo de vitamina D (anticonvulsivantes, colestiramina, glicocorticóides, antifúngicos, antirretrovirais, orlistat), doenças granulomatosas, linfomas, idosos com história de fraturas, gestantes e lactentes, e obesos. Desta forma, a recomendação é que nesta população seja realizado um exame de sangue específico ,para identificar a deficiência de vitamina D.
A vitamina D deve ser consumida dentro das quantidades recomendadas por faixa etária e a suplementação feita de acordo com a necessidade. Sendo assim, como o exame não é indicado para a população em geral, a suplementação generalizada de vitamina D também não é.
Cabe ressaltar que em algumas faixas etárias essa suplementação pode acontecer como preventiva, através de reposição oral, e deve ser acompanhada por um médico , com indicação criteriosa, baseada em necessidades individuais, considerando grupos de risco ou carência previamente detectada. Os benefícios desse tipo de tratamento são mais evidentes para a população de risco.
Alguns sinais da deficiência de Vitamina D: osteoorose, cansaço, dor nas costas, fraqueza muscular, dor de cabeça, depressão, obesidade, diabetes, infecções e alergias.
Fontes para biossíntese de Vitamina D: exposição solar (3 x na semana ,15 a 20 minutos diários para quem tem pele branca, até 1h para quem tem pele negra e de 30 a 40 minutos para quem tem tom de pele intermediário), alimentação saudável, atividade física, reposição quando indicado pelo profissional médico
Atenção:
A reposição deverá ser indicada pelo profissional médico; fazendo-se necessário o monitoramento em paralelo, dos níveis séricos de Magnésio, eletrólito que está relacionado a ativação, armazenamento e transporte da Vitamina D. Expor ao sol braços ,pernas e tronco , aplicando FPS apenas no rosto.
Longevidade...Porque o essencial é eterno!
Dra. Patricia Azevedo Janoni
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