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O ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino (PSB-MA) teve que abandonar a audiência na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados.
A sessão tinha como foco temas como regulamentação das armas, os atos de 8 de janeiro, visita à favela da Maré e invasão de terras.
Após as perguntas dos deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Éder Mauro (PL-PA) e Gilvan da Federal (PL-ES), o ministro dispôs 8 minutos para responder. Porém, após mais de 17 minutos de discussão, o ministro foi interrompido por diversos parlamentares e não pode responder às questões.
Durante seus menos de cinco minutos de fala contínua, Dino fez breves considerações sobre política de armas e os caminhos das políticas de segurança pública do país.
"Não há correlação entre número de armas e número de homicídios. Se a gente pegar números recentes na Amazônia, aumentaram as armas e aumentaram os homicídios. É falsa a ideia de quanto mais armas, menos homicídios. Pelo contrário, as notícias mostram que quando há mais armas em circulação - legais ou ilegais - é claro que se ampliam as ocorrências de crimes em lares, por isso que o feminicídio cresceu", disse.
"Claro que os policiais devem estar armados. Isso se chama monopólio do uso legítimo da força, que a gente não pode substituir pela visão de faroeste praticada apenas em pouquíssimos países do mundo", continuou o ministro. "Qual o país em que se mais realiza chacina em escola no mundo? Nos EUA. E o que está acontecendo agora no Brasil? Crescimento de chacina na escola…"
"Será que é impossível enxergar uma correlação lógica entre ódio, violência, armamentismo e o aumento de chacinas em escolas? Será que é por acaso que isso acontece apenas nos EUA no Brasil nesta dimensão?", disse.
Flávio notificou o presidente da sessão, Ubiratan Sanderson (PL-RS) de que não poderia continuar na sessão. O chefe da sessão acabou encerrando a sessão, aos gritos histéricos da oposição: "Fujão, fujão!", gritavam os bolsonaristas. A audiência será remarcada, conforme informou Sanderson.(Da Revista Fórum)
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