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O presidente da Petrobrás, general da reserva Joaquim Silva e Luna, afirmou que a estatal não é responsável pela alta nos preços dos combustíveis, que neste ano já subiram mais de 50% nas refinarias, e afirmou que a busca pelo lucro não deve ser “condenada”. A atual política de preços da Petrobrás foi implantada no governo Michel Temer e está atrelada ao preço do petróleo no mercado internacional e à variação cambial do dólar, que neste ano já acumula uma alta de 5%.
Segundo Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), “Enquanto a gestão da Petrobrás não mudar a política de preço de paridade de importação (PPI), a gasolina, o diesel, o gás de cozinha e, consequentemente, a comida do brasileiro fica-rão cada vez mais caros, reféns de reajustes ditados pelos preços internacionais do petróleo, variação cambial e custos de importação de derivados, mesmo o Brasil sendo autossuficiente em petróleo.”
Mas não é a opinião de Luna e Silva, que não fazer valer o peso do governo como acionista majoritário d acompanhia e se acovarda frente aos acionistas privados, principalmente os estrangeiros.
"É importante entender que a Petrobras não tem nem a capacidade nem a legitimidade para controlar os preços de combustíveis praticados no Brasil", disse Silva e Luna ao UOL. Segundo ele, “o que evita o desabastecimento nos mercados e viabiliza o crescimento equilibrado da economia é justamente a aceitação de que os preços são determinados pelo mercado, não por 'canetadas”.
O general também defendeu os acionistas privados da companhia ao afirmar que nos governos anteriores, "por causa de pressões políticas, a Petrobras era uma máquina de gerar prejuízo”, “Lucrar não era importante, gastou-se e investiu-se de forma perdulária. A empresa foi pressionada a agir como um braço político da época. A conta levou a Petrobrás à beira da falência”, completou.
As seguidas altas nos preços, porém, já resultaram em ameaças de paralisação por parte dos caminhoneiros e tem levado parte da população a substituir o gás de cozinha por lenha.
“O PPI alimenta a inflação e diminui a comida no prato do trabalhador”, diz Bacelar.
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