Sem Ministério do Esporte, Bolsonaro sequer parabeniza atletas por recordes de medalhas

Ele só pensa na urna eletrônica

Sem Ministério do Esporte, Bolsonaro sequer parabeniza atletas por recordes de medalhas

O Ministério do Esporte (ME) foi criado em 1995 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso e seu último ministro foi Leandro Cruz, no governo Michel Temer. Em janeiro de 2019 a pasta foi extinta pelo presidente Jair Bolsonaro e incorporada ao Ministério da Cidadania.

"Se o Bolsonaro tomasse como exemplo a superação desses atletas nessa Olimpíadas, ele recriava o Ministério dos Esportes, não só para os atletas de alto rendimento, mas principalmente para projetos em comunidades para descobrirmos os verdadeiros “atletas raiz”, aqueles que superam obstáculos como a fome e a falta de oportunidade, onde treinam com equipamentos completamente fora das especificações. Bem, cada povo tem o Presidente que merece e esse só está preocupado com  o *voto impresso*, como se isso fosse botar comida na mesa do pobre ou criar novos campeões olímpicos." Desabafa leitor nas redes sociais. 

"Não vi o Presidente, até o momento, parabenizar nenhum atleta. Espero q ele convide todos os 300 que foram no Japão tentar medalhas, porque todos são vencedores." Diz outro leitor.

Criado como uma divisão, quase sempre com administração e participação de oficiais militares, foi no Governo Fernando Henrique Cardoso que nasceu o Ministério Extraordinário do Esporte tendo como Pelé, o seu primeiro ministro.

A pasta mudou de nome no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso para Ministério do Esporte e Turismo e somente no Governo Lula, em 2003, que nascia o Ministério do Esporte.

Desde a sua criação nestes 23 anos foram 11 ministros até o último ministro Leandro Cruz Fróes da Silva, que explica no seu site oficial, "O Ministério do Esporte é definido como "responsável por construir uma Política Nacionial de Esporte. Além de desenvolver o esporte de alto rendimento, o Ministério trabalha ações de inclusão social por meio do esporte, garantindo a população brasileira o acesso gratuito a pratica esportiva, qualidade de vida e desenvolvimento humano".

Com o recorde de medalhas já igualado, 19 no total, o objetivo agora do Brasil no quadro geral é superar os sete ouros obtidos na Rio 2016. Até o momento são sete medalhas de ouro e o país tem duas grandes chances de título: vôlei feminino, Beatriz Ferreira no boxe. Ainda há chances, correndo por fora, na marcha atlética.

O Brasil participou de 22 das 28 edições dos Jogos Olímpicos até hoje, ficando de fora apenas das cinco primeiras edições e das Olimpíadas de Amsterdã, em 1928. Ao todo, os brasileiros já conquistaram 129 medalhas olímpicas em toda a história.

Mas a melhor colocação do Brasil no ranking de medalhas aconteceu justamente na última edição, disputada aqui mesmo no Rio de Janeiro, em 2016.  O país ficou na 13ª colocação com 19 medalhas conquistadas, sendo sete de ouro, seis de prata e seis de bronze.

Antes disso, a melhor colocação havia sido nos Jogos de Londres em 2012, onde o país alcançou a 14ª posição, conquistando 17 medalhas: 3 de ouro, 5 de prata e 9 de bronze.

Já as piores participações do Brasil aconteceram em sequência nas edições de Paris, em 1924, Los Angeles, em 1932, e Berlim, em 1936, quando os atletas brasileiros não conseguiram subir no pódio nenhuma vez.

Para a edição de Tóquio, o COB preferiu não estabelecer uma meta de medalhas para não colocar pressão nos atletas. Mas a expectativa é que o desempenho seja semelhante ou melhor ao do Rio 2016.

Da Redação/Ralph Lichotti

Por Jornal da República em 07/08/2021

Comentários

  • Quem o Bozo apoia da azar, rs O presidente Jair Bolsonaro também aproveitou o clima olímpico para enviar uma mensagem para a equipe de vôlei masculino. Em um vídeo nas redes. \"Olá, Maurício. Olá, equipe olímpica de vôlei do Brasil. Realmente o vôlei nos orgulha há muito tempo. Estou torcendo por essa medalha de bronze, que pra nós vale como se fosse de ouro, porque reconhecemos o trabalho de todos vocês. Não é fácil treinar e a responsabilidade é muito grande, o nível mundial é enorme. Acreditamos em vocês. Nós te amamos! Valeu, Maurício. Valeu, equipe!\", disse Bolsonaro no vídeo compartilhado por Maurício. Horas após perder a disputa pela medalha de bronze para a Argentina, o central da seleção brasileira Maurício Souza compartilhou vídeo de apoio do presidente Jair Bolsonaro. \"Obrigado presidente pela torcida! Infelizmente não conseguimos o resultado, vamos continuar sempre lutando pela nossa nação!Grande abraço capitão @jairmessiasbolsonaro\", escreveu. 
    Lucas
    07/08/2021
Aguarde..