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A foto do salão nobre do palácio vazio é a síntese de um governo sem projeto prévio para o país, que se pauta no conflito e não pensa no conjunto da população. O anúncio do cancelamento da cerimônia de lançamento do Auxílio Brasil, depois de diversas idas e vindas apenas corrobora a afirmação.
O evento estava previsto para as 17h desta terça-feira (19/10), no Palácio do Planalto.
A assessoria de imprensa do Ministério da Cidadania informou o cancelamento e não forneceu detalhes sobre nova data para o evento.
O salão nobre do palácio, onde costumam ocorrer cerimônias do tipo, havia sido organizado para o evento, mas não havia nenhuma placa alusiva ao Auxílio Brasil.
Além do ministro da Cidadania, João Roma, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), eram esperados no anúncio. Guedes está no Planalto para a 18ª Reunião do Conselho do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), entre 16h30 e 17h.
Sem definição sobre a fonte de recursos, o governo federal pretende pagar R$ 400 para 17 milhões de famílias de baixa renda atendidas pelo novo Bolsa Família. O programa social deve custar aos cofres públicos R$ 84,7 bilhões em 2022.
O programa social que vai substituir o Bolsa Família e está sendo pensado como forma ajudar a recuperar popularidade da gestão Jair Bolsonaro, às vésperas do ano eleitoral, é mais um sintoma do olhar alheio ao coletivo de um governo que sempre afirmou que os programas de inclusão social dos governos Lula-Dilma eram Bolsa-Esmola, Bolsa-Vagabundo em outras sandices, mas agora virou tábua de salvação de um governo formado de improviso e que vive no improviso.
A legislação impede a criação de novas políticas sociais em anos eleitorais, por isso o governo teve que tomar uma decisão ainda em 2021.
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