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Os Correios já na rota da privatização, telegramas ou telex ainda devam dar conta do recado. Poderia também uma menção curta nas redes sociais como já é de costume, não?
Também um áudio, vídeo, selfie ou um sinal de fumaça em tom de homenagem.
Nada! Será que os atletas olímpicos que muito bem representaram o Brasil passaram desapercebidos aos dirigentes do seu país, muitas das vezes preocupados em provocarem verborragias entre tantos? Ora, qual é a deles?
Quem acompanha o esporte brasileiro muito bem sabe que o incentivo é minúsculo. Tirando o futebol, o restante sobrevive 24 horas no balão de oxigênio em uma UTI.
O recorde em medalhas comprovou que os atletas ganhadores, vencedores de uma vida com certeza. Essas Olimpíadas mostraram como atletas dedicados podem sim destacarem em um pódio.
Exemplos joviais de medalhistas deram alma nova aos praticantes dos esportes mais competitivos. Humildes, dedicaram o seu prêmio ao povo brasileiro. Justa homenagem.
Digladiando diariamente com um vírus invisível e perigoso, o povo encontrou nas competições maneira de dar um tempo nessa loucura toda que tomou conta da humanidade.
Na madrugada, muitos acordados. E dá para dormir com essa pandemia não dando trégua? Só a vacina e a prevenção para nós nos livrarmos disso tudo.
A vacina para um reconhecimento é a da humildade. A prevenção é se harmonizar entre os seus. Quanto ao telegrama, não deverá ser encaminhado.
E olha que pode ir de bicicleta ou moto, sem nenhuma ilação com os últimos movimentos nas ruas do Brasil. É isso. Comportaram - se mal. Os atletas olímpicos vitoriosos não receberam nenhuma mensagem de cumprimentos por parte do governo brasileiro.
Quebrou - se uma tradição litúrgica. Pena. Parece que a preocupação é misturar nas ruas em busca de uma medalha de ouro nas urnas. Disputar em raia solo sem dar importância para o lado ou quem vem logo atrás. O Brasil é um só na competição esportiva.
Disputas saudáveis que fazem torcida de um povo brilhante. O brasileiro é assim. Quem não perceber isso poderá nem disputar medalha e ficar fora do podiam. Aliás, o podiam foi feito para competidores brilhantes. Que continue sendo assim.
João Carlos da Silva, articulista e consultor.
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