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DA REDAÇÃO - O cantor Sérgio Reis e o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) são alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (20).
Os mandados de busca e apreensão atendem a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e tem como objetivo apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, por meio das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes.
No Rio, a PF fez buscas em dois endereços ligados ao deputado federal: no Anil e na Barra da Tijuca, na zona oeste. O gabinete do político, em Brasília, também foi alvo dos agentes.
Também foram visitados pela PF quatro endereços ligados ao cantor. Os mandados expedidos por Moraes são cumpridos no Distrito Federal, além dos estados de Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Ceará e Paraná.
De acordo com a PGR, os pedidos foram feitos no âmbito de um novo inquérito, que teve a instauração requerida no início dessa semana.
A petição foi assinada pela subprocuradora-geral Lindôra Araújo, que atua desde 2020 em matéria penal no Supremo Tribunal Federal, por delegação do PGR.
Pelo objeto do procedimento, foi solicitada a livre distribuição no STF. Também foram requeridas diversas medidas cautelares que não a prisão temporária, além do bloqueio de redes sociais para não se comunicarem entre si, nas suas redes nem em outras.
Cantor virou alvo de investigação no DF
Nesta semana, Sérgio Reis virou alvo de um inquérito da Polícia Civil do Distrito Federal após vir a público um vídeo em que o sertanejo convocava caminhoneiros para um protesto contra o STF.
A ação seria uma forma de pressionar o Senado a afastar ministros da corte. O músico será investigado por associação a crimes como ameaça, dano e por expor a perigo os meios de transporte público.
Otoni de Paula já havia sido denunciado pela PGR em 2020 pelos crimes de difamação, injúria e coação. Isso porque em junho e julho daquele ano o deputado fez transmissões ao vivo pela internet nas quais imputou, por cinco vezes, fatos afrontosos à reputação do ministro Alexandre de Moraes.
Além disso, segundo a PGR, o parlamentar ofendeu a dignidade e o decoro do ministro por 19 vezes. Nessas duas transmissões ele também foi acusado de usar "violência moral" e "grave ameaça" para coagir Moraes. Otoni também é investigado "inquérito das fake news", que apura, entre outros crimes, o financiamento de supostos atos antidemocráticos.
Deputado se manifesta após operação
Depois da ação da PF desta sexta-feira (20), o deputado fez uma live nas redes sociais. “Não vou recuar um milímetro. Se alguém pensa que eu vou deixar de falar o que eu penso, que eu vou deixar de ter a mesma postura que tenho... eu não vou deixar de ter”, afirmou.
Ele também voltou a citar o ministro do STF. “Alexandre de Moraes tem tido um comportamento autoritário, que eu adjetivo de déspota. Ele hoje em dia tem a autoridade e prerrogativa de prender todos aqueles que ele acha que tem que prender, todos aqueles que ele acha que ameaçam a democracia. Então se ele acha que eu sou uma ameaça à democracia, quem sabe eu não vou poder mais fazer essa live porque poderia estar sendo conduzido à prisão”, declarou. (Da CNNBrasil)
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