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Símbolo tradicional da páscoa cristã, o coelho tem uma história que atravessa séculos e culturas, chegando até os lares brasileiros não apenas como representação festiva, mas como animal de estimação cada vez mais popular. Dados recentes da Associação Brasileira de Cunicultura (ACBC) revelam números surpreendentes: os coelhos já representam 15% dos pets domésticos no Brasil, consolidando-se como uma preferência crescente nas famílias. A reprodução anual chega a impressionantes 242 mil exemplares, demonstrando a relevância econômica e cultural desses animais em nosso país.
A trajetória do coelho como símbolo pascal tem raízes profundas na história europeia. Foi no século XVI, na Alemanha, que o animal ganhou destaque na tradição cristã da páscoa. Os alemães introduziram o coelho como símbolo religioso devido à sua notável capacidade reprodutiva, característica que representava fertilidade e abundância. O que poucos sabem é que, antes disso, o coelho já figurava em cultos pagãos por toda a Europa, sendo associado a divindades da natureza e à renovação da vida, simbolismo que posteriormente foi incorporado pela tradição cristã com novos significados associados à ressurreição.
Adotar um coelho como animal de estimação requer conhecimentos específicos e cuidados direcionados. Os especialistas alertam: coelhos são animais diversificados, com diferentes raças que apresentam necessidades particulares. Assim como ocorre com cães, cada raça de coelho possui características próprias que influenciam diretamente no espaço adequado para criação, nos cuidados diários necessários e na alimentação ideal. Antes de adquirir um desses animais, é fundamental pesquisar sobre a raça específica e verificar se o ambiente doméstico oferece condições adequadas para seu bem-estar, incluindo espaço para movimentação e proteção contra predadores naturais.
A alimentação dos coelhos demanda atenção especial para garantir a saúde do animal. A dieta balanceada deve ser composta por aproximadamente 80% de ração específica para coelhos e 20% de leguminosas frescas, proporção que garante os nutrientes necessários para o desenvolvimento saudável. Além da alimentação adequada, a prevenção de doenças é essencial. A vacinação regular contra doenças como a mixomatose e a febre hemorrágica viral é imprescindível, devendo seguir rigorosamente o calendário estabelecido pelo médico veterinário especializado em animais exóticos.
O crescente interesse pelos coelhos como pets reflete uma mudança no perfil dos tutores brasileiros, que buscam animais de companhia adaptáveis a espaços menores e com características comportamentais específicas. Veterinários consultados pela reportagem ressaltam que, apesar da aparente fragilidade, os coelhos são animais resistentes quando recebem os cuidados adequados, podendo viver entre 8 e 12 anos em ambientes domésticos. A decisão de adotar um coelho deve ser consciente, considerando o compromisso de longo prazo e a necessidade de adaptação do ambiente para receber esse animal que, além de símbolo pascal, tem conquistado um lugar especial no coração das famílias brasileiras.
Por Robson Talber @robsontalber Leo Ferreira @leo_ferreira_adestramento
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