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A Petrobrás acumulou um lucro de de R$ 358,3 bilhões, em valores corrigidos pela inflação, e distribuiu R$ 289 bilhões em dividendos, 5,8 vezes mais que a média dos quatro governos anteriores, ao longo do governo Jair Bolsonaro (PL). A distribuição dos dividendos escandalosos, acompanhada por uma queda brusca nos investimentos, fez com a petroleira caísse nas graças do mercado financeiro e agradou os acionistas privados em detrimento da maioria da população.
Segundo a Folha de S. Paulo, o valor distribuído representa 80% do lucro total da companhia, o que fez com que a estatal se tornasse “uma das empresas que melhor remuneram acionistas no mundo”. Por outro lado, os investimentos caíram e correspondem a um terço da média dos últimos quatro governos.
O lucro recorde registrado pela Petrobrás durante o governo Bolsonaro está atrelado a venda de ativos à iniciativa privada tocada pelo então ministro da Economia, Paulo Guedes. Agora, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende mudar o foco da petroleira de maneira a concentrar esforços para que a companhia volte a investir em projetos ligados à chamada energia verde e em ações voltadas para o conjunto da sociedade.
Segundo a reportagem, um levantamento do pesquisador do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) Cloviomar Carneiro, apontou que “a estatal fechou 64 operações de vendas de ativos, com valor total de US$ 33,9 bilhões (R$ 177 bilhões, pelo câmbio atual). Na gestão Temer, foram 15 operações, somando US$ 17,6 bilhões (R$ 92 bilhões). Com Dilma, foram 16 operações, a US$ 8,3 bilhões (R$ 43 bilhões)”. (Via Brasil247)
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