Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
A Stellantis, conglomerado que abrange marcas renomadas como Fiat, Jeep, Peugeot e Citroen, revelou hoje um ambicioso ciclo de investimentos de 30 bilhões de reais no Brasil, abrangendo o período entre 2025 e 2030. O anúncio, feito após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília, marca um marco significativo na indústria automobilística regional.
Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis na América do Sul, enfatizou que esses investimentos não apenas visam a renovação dos modelos existentes, mas também incluem lançamentos de novos produtos, a introdução da tecnologia "bio-hybrid" e o fomento de novos empreendimentos. No total, mais de 40 novos produtos serão lançados no país durante o período do plano de investimento.
Essa injeção de recursos representa aproximadamente um terço do montante total estimado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) para ser investido no setor automobilístico brasileiro até 2029, abrangendo inclusive a indústria de autopeças.
O anúncio da Stellantis segue a recente revelação da Toyota, que planeja investir 11 bilhões de reais no Brasil até 2030. Outras montadoras como Volkswagen, General Motors e Hyundai também anunciaram programas de investimento significativos no país nos últimos meses.
Carlos Tavares, CEO global da Stellantis, destacou o compromisso da empresa em avançar na tecnologia de veículos flex e movidos a etanol, adicionando a eles a eletrificação. O próximo lançamento da empresa, previsto para o segundo semestre, será um veículo híbrido.
Tavares ressaltou ainda que o plano de investimentos será alinhado com o programa Mover do governo federal, que oferece incentivos à produção de veículos com menor emissão de poluentes, destacando a importância do alinhamento de interesses entre a empresa e o governo brasileiro.
Embora a produção de veículos 100% elétricos represente uma meta ambiciosa para a Stellantis, Tavares reconheceu os desafios atuais, citando os altos custos dessa tecnologia. Ele mencionou que uma evolução na produção pode eventualmente reduzir esses custos, mas ressaltou a necessidade de uma produção em escala, o que tem sido dificultado pelo atual cenário de fragmentação global.
Apesar de uma queda no lucro operacional da empresa no segundo semestre de 2023, principalmente devido a greves nas operações na América do Norte, a região da América do Sul, com o Brasil como principal mercado, registrou um aumento no lucro operacional ajustado, indicando um potencial de crescimento significativo para a Stellantis nesta região.
Esses investimentos maciços não apenas impulsionarão a indústria automotiva brasileira, mas também sinalizam um voto de confiança na economia e no mercado consumidor do país.
Fonte: Brasil247
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!