STF julgará Carla Zambelli por porte ilegal de arma de fogo

Parlamentar bolsonarista perseguiu um jornalista negro com arma em punho no centro de São Paulo durante o segundo turno das eleições de 2022

STF julgará Carla Zambelli por porte ilegal de arma de fogo

Deputada Carla Zambelli será julgada por porte ilegal de arma de fogo.

A deputada bolsonarista Carla Zambelli será julgada por porte ilegal de arma de fogo pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no final deste mês. A parlamentar foi flagrada perseguindo um jornalista negro durante a eleição de 2022, em São Paulo. Na ocasião, Zambelli estava com uma arma em punho.

O julgamento ocorrerá no plenário virtual da corte – espaço eletrônico em que os magistrados podem protocolar os votos. O caso está pautado para ser analisado entre 21 e 28 de março. O relator do processo é o ministro Gilmar Mendes, que liberou o tema para ser analisado pelos demais ministros que ocupam o plenário da Corte.

“Tic, tac!”, exclamou o senador e presidente do PT, Humberto Costa (PE), pelas redes sociais. “Que seja condenada e perca o mandato, que usou para o cometimento de crimes”, pontuou o senador.

Luan Araújo apoiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha e foi perseguido pela deputada em uma via pública na véspera da votação do segundo turno. Zambelli se tornou ré pelo caso em 2023. Na época, nove dos 11 magistrados do Supremo votaram para aceitar a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Na acusação, a PGR entendeu que Zambelli não poderia empunhar arma em público para constranger alguém em razão de seus posicionamentos políticos. “A permissão do porte de arma de fogo conferida à denunciada se destina única e exclusivamente à sua defesa pessoal; jamais para constranger a liberdade de interlocutor e a fazer com ele se desculpe dos seus posicionamentos políticos, preferências eleitorais e supostos atos injuriosos manifestados, ainda que a pretexto de resguardar, em tese, sua honra maculada”, descreveu a Procuradoria, no documento enviado ao STF.

Por Jornal da República em 12/03/2025

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