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Um grupo composto por 250 super-ricos de todo o mundo, incluindo figuras proeminentes como Ise Bosch, neta do industrial alemão Robert Bosch, o músico e compositor Brian Eno, e o ator da série Succession, Brian Cox, está fazendo um apelo contundente aos líderes mundiais. Em uma carta aberta, esses multimilionários, que incluem o brasileiro João Paulo Pacifico, fundador do grupo de investimentos Gaia, solicitam medidas imediatas para taxar a riqueza extrema e abordar a crescente desigualdade econômica.
O Pedido Direto
O grupo, que expressa ser formado por indivíduos que moldam mercados, impulsionam o crescimento econômico sustentável e se beneficiam do status quo, pede diretamente para ser taxado. Eles argumentam que esse imposto não afetaria fundamentalmente seu padrão de vida, mas transformaria a riqueza extrema e improdutiva em investimentos para o futuro democrático comum.
Motivação para a Ação
O pedido dos super-ricos é motivado pela crescente desigualdade econômica, social e ecológica, que eles acreditam estar atingindo um ponto de inflexão. Alertam que os custos dos riscos à estabilidade econômica global são graves e aumentam diariamente, destacando a necessidade urgente de ação para evitar consequências catastróficas para a sociedade.
Pesquisa e Apoio Público
Uma pesquisa recente, conduzida pela entidade de pesquisas Survation a pedido do grupo Patriotic Millionaires, revela que 74% dos super-ricos apoiam a ideia de pagar mais impostos sobre suas fortunas. A pesquisa entrevistou mais de 2,3 mil pessoas em 20 países, cada uma possuindo mais de US$ 1 milhão em bens de investimento. Cerca de 58% dos entrevistados apoiam a criação de uma taxa de 2% sobre fortunas de US$ 10 milhões, enquanto 54% acreditam que a riqueza extrema representa uma ameaça à democracia.
Desigualdades Crescentes
Os dados apresentados na carta destacam o aumento dramático da riqueza dos super-ricos, enquanto o poder financeiro de 60% da população mundial caiu. A entidade responsável pela pesquisa aponta que seria necessário um período de 229 anos para erradicar a pobreza global nas condições atuais.
O pedido destes super-ricos para serem taxados representa um apelo incomum por parte de uma parcela da sociedade que historicamente resistiu a medidas fiscais mais rigorosas. O debate sobre a desigualdade econômica e a responsabilidade social dos mais ricos ganha um novo capítulo com essa iniciativa, levantando questões importantes sobre como os líderes mundiais responderão a essa chamada por justiça social global.
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