Temer gargalha de imitação de Bolsonaro: “Salvou o careca de levar minha hemorróida”

DA REDAÇÃO - “Foi um encontro de esquerdistas!”, se revoltaram nas redes os bolsonaristas sobre o vídeo do jantar da ‘Elite do Atraso’ na casa do empresário Paulo Marinho, onde seu filho imita o presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro e Michel Temer, entre outros, gargalham de forma debochada.

Segue a lista dos novos ‘comunistas’:

Paulo Marinho: empresário, 1º suplente do senador Flávio Bolsonaro e hoje em SP engajado na pré-campanha à Presidência de João Doria;

Gilberto Kassab: presidente nacional do PSD;

Johnny Saad: presidente do Grupo Bandeirantes;

Roberto D’Ávila: jornalista, apresentador e diretor da GloboNews, que nesta 3ª feira (14.set.2021) transmite às 23h30 a entrevista de D’Ávila com Michel Temer;

Antonio Carlos Pereira: o Tonico Pereira, ex-editorialista do jornal O Estado de S.Paulo, está à esquerda de Temer;

Naji Nahas: empresário e investidor, está à direita de Temer;

Raul Cutait: cirurgião do hospital Sírio-Libanês;

José Yunes: advogado e amigo pessoal de Temer.

Essa foi a piada da piada que bolsonaristas veicularam revoltados nas redes em reação ao vídeo de fração da burguesia que usa um jovem bobo da corte para tripudiar de um presidente que é considerado por muitos um ventríloquo ou, um bobo da corte. Dizem os críticos que Bolsonaro é um instrumento que é utilizado pelas elites para distrair o país com sua forma esdrúxula enquanto surrupiam e entregam nossas riquezas.

Mas vamos ao fato.

Após ser convocado pelo presidente para atuar como bombeiro na crise instalada no Planalto após discurso golpista do 7 de Setembro, Michel Temer (MDB) deu gargalhadas da imitação em que o humorista André Marinho, filho do empresário Paulo Marinho – que é pré-candidato do PSDB ao governo do Rio -, zomba de Jair Bolsonaro (Sem partido) por ter chamado o emedebista para “salvar o governo”.

“No tocante ao presidente, eu tenho que agradecer você demais, porque tu salvou o careca de levar minha hemorróida, pô”, zomba o humorista em vídeo divulgado nas redes sociais pelo jornalista Ricardo Noblat.

O ‘esquerdista’ André Marinho está sentado à mesa junto ao pai. No convescote ainda se vê figuras como outros ‘comunistas’ como João Carlos Saad, presidente do grupo Bandeirantes de Comunicação.

“E essa cartinha que eu recebi tua, achei ela meio infantil, meio maricas. Tô achando que foi o Michelzinho que mandou pra mim. Cadê a parte que combinei contigo de queimar o STF, cadê a parte que combinei que botasse peruca no Fux, cadê a parte que combinei de botar o pau de arara na Praça dos Três Poderes e dar de chibata no lombo de Alexandre de Moraes”, zomba André Marinho, que já foi acusado de gravar áudios com a voz de Bolsonaro que foram distribuídos em grupos de Whatsapp durante a campanha eleitoral de 2018.

Algumas reações nas redes, sem os delírios bolsonaristas circularam nas redes como a do professor Daniel Cara que enxergou o que poucos veem.
“Ontem perguntei se vocês conheciam as pessoas do jantar com Temer. Ninguém soube responder. Nem sempre os donos do poder econômico são conhecidos. Mas aquela mesa tem um projeto educacional: Base Nacional Comum Curricular e Reforma do Ensino Médio. E aí, é para educar o povo?, questionou um dos maiores militantes por uma educação inclusiva do país.

Outra defensora dos Direitos Humanos que se revoltou com a cena foi a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS).
“A elite reunida em um grande banquete para procurar novas soluções para a crise. Não a do Brasil. Mas a crise financeira que ronda suas fortunas, com Bolsonaro na presidência. Enquanto se empanturram e riem de seu fantoche, o povo brasileiro tá na fila do osso”,disse.

Henrique Oliveira, professor e também militante pelos Direitos Humanos questionou.
“Como chegamos até aqui? Jantar em que gravaram o vídeo que André Marinho imita Bolsonaro foi realizado a convite de Michel Temer e reuniu Johnny Saad da Bandeirantes, Roberto D'Ávila da GloboNews e Antonio Carlos Pereira que é editorialista do Estadão.

Esse vídeo deixa mais evidente que o presidente está cada vez mais isolado, restrito ao uma fração do agronegócio, das Forças Armadas e de grupos evangélicos que agora batem de frente com ele por causa de seu apoio à legalização dos cassinos e sites de apostas.(Com informações do Poder360 e Revista Fórum)

Por Jornal da República em 14/09/2021
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