Tensão Global: Rússia usa Míssil Intercontinental em Dnipro e risco da terceira Guerra Mundial Escala

Tensão Global: Rússia usa Míssil Intercontinental em Dnipro e risco da terceira Guerra Mundial Escala

A guerra na Ucrânia começou em um novo e perigoso capítulo na última quinta-feira (21), quando a Rússia lançou, pela primeira vez, um míssil balístico intercontinental (ICBM) contra a cidade de Dnipro. A ação, confirmada pelo Kremlin como uma resposta ao uso de armamentos de longo alcance pelos ucranianos, levantou alarmes sobre o possível desdobramento do conflito em uma Terceira Guerra Mundial.

Um ataque sem precedentes

Em um discurso televisivo, o presidente russo Vladimir Putin justificou o ataque como uma ocorrência direta ao uso de mísseis americanos e britânicos pela Ucrânia em ataques contra o território russo. O míssil intercontinental Bulava, capaz de alcançar até 8.000 km e carregar ogivas nucleares, foi descrito por Putin como um "alerta aos inimigos". Apesar de ainda ser classificado como um ataque experimental, o impacto simbólico e geopolítico do uso do armamento é significativo.

“O conflito regional adquiriu elementos de caráter global”, afirmou Putin. A declaração evidencia o agravamento da situação, que já conta com o envolvimento indireto de potências globais por meio do envio de armamentos e suporte logístico.

escalada de escalada

Especialistas em segurança internacional apontam que o cenário atual é o mais próximo de uma guerra global em décadas. Fernando Brancoli, professor de Geopolítica da UFRJ, alerta que “o uso de armas nucleares táticas ou ataques contra países membros da OTAN pode desencadear respostas em cadeia”. Além disso, incidentes com baixas graves de forças ocidentais são suficientes para agravar ainda mais o conflito.

Por outro lado, a OTAN adotou uma postura de cautela. Segundo Farah Dakhlallah, porta-voz da organização, os recentes ataques não alteraram a decisão de evitar envolvimento militar direto. Ainda assim, Washington e as capitais europeias mantêm estado de alerta máximo.

A visão ucraniana e os apelos por mediação

Valerii Zaluzhnyi, embaixador da Ucrânia no Reino Unido, declarou que a Terceira Guerra Mundial já começou. Durante um evento do jornal Ukrainska Pravda , Zaluzhnyi enfatizou a necessidade de recalcular a rota do conflito. “Ainda é possível parar a guerra na Ucrânia, mas nossos parceiros precisam entender isso agora”, afirmou, criticando a hesitação de algumas nações em intensificar o apoio à Ucrânia.

Enquanto isso, líderes como Emmanuel Macron tentam construir caminhos diplomáticos. O presidente francês se reuniu recentemente com o líder chinês Xi Jinping, buscando o apoio da China como mediador para um possível acordo de paz.

A reação internacional

A utilização de mísseis de longo alcance pelos EUA e Reino Unido, que antecedeu o ataque russo, marca um momento decisivo. A liberação do arsenal foi justificada como uma tentativa de pressão na Rússia para negociar a paz, mas também aumentou a intensidade das respostas russas.

Apesar das ameaças crescentes, países europeus como França e Alemanha continuam buscando alternativas diplomáticas para evitar uma escalada global. Natália Fingermann, professora de Relações Internacionais da ESPM, destacou: "O mundo nunca esteve tão perto de um conflito mundial, mas ainda há espaço para negociação."

O futuro do conflito

Com o uso de armamento de alto impacto e a retórica cada vez mais beligerante de ambos os lados, a dinâmica do conflito se torna cada vez mais imprevisível. Ações calculadas ou incidentes imprevistos podem determinar se o mundo testemunhará um avanço diplomático ou o mergulho em uma guerra de proporções globais.

O alerta está lançado, e o mundo aguarda ansioso pelos próximos passos.

 

Fonte: Uol

Foto: COME BACK ALIVE / AFP

Por Gestão, Governança e Empreendedorismo em 25/11/2024
Aguarde..